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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Parabéns leitor: Folha amarelou e noticia o SERRA-Card



Graças à persistência do seu ativismo, leitor, e dos blogs, contra a parcialidade do PIG, a Folha de São Paulo "amarelou".

A Folha viu que não dava para esconder um elefante dentro de uma gaveta.

A Folha congelou o assunto "transparência nas contas paulistas" durante uma semana.

A Folha deixou a notícia dos R$ 108 milhões do SERRA-Card em "quarentena" por mais de 24 horas para ver se a notícia "não pegava", se o assunto caía no esquecimento.

Não teve jeito. O assunto foi ganhando a internet blog a blog. Foi correndo de boca em boca.

Não dava mais para esconder.

Veja alguns trechos do que diz a Folha (para assinantes):

"Os dados são lançados no Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária), a qual somente as bancadas de deputados na Assembléia Legislativa têm acesso.

Ainda assim, o Sigeo não descreve, necessariamente, o objeto da compra realizada com o cartão de débito.

No dia 28 de julho do ano passado, por exemplo, foram gastos R$ 597 na Spicy, uma loja de acessórios para casa. No sistema, o ramo de atividade está classificado com "a definir". O item: "despesas miúdas e de pronto pagamento".

Os R$ 977 gastos no dia 4 de abril na Presentes Mickey também recebem a mesma qualificação.

Ainda segundo o Sigeo, a Secretaria de Segurança gastou R$ 6.500,00 numa churrascaria no dia 11 de maio.
Mas, segundo o levantamento feito pela liderança do PT a pedido da Folha, o Sigeo não esclarece o motivo do gasto.

O sistema lista o nome de autores de grandes saques, funcionários encarregados de distribuir o dinheiro aos demais servidores. Mas não relata a que serviço se referiam.

Na esfera federal, ... o interessado pode conhecer, pela internet, o beneficiário do saque.

Para ter acesso aos registros do Sigeo, o interessado deve ir à biblioteca da Assembléia Legislativa de SP."

Foi apenas uma vitória em uma batalha.

A Folha faz uma matéria sóbria (ao contrário do que fez com governo federal).

Insinua que os gastos são suspeitos, mas podem ser normais (quanta diferença em relação ao governo federal).

Dedica-se na maior parte do texto a explicar didaticamente a sistemática de controle paulista, coisa que foi negada ao governo federal, por mais que gente da CGU (Controladoria Geral da União) explicasse os mecanismos de empenho e autorização prévias nas despesas por cartão do governo federal.

Notaram que Folha citou os gastos estranhos (brinquedos, churrascaria), mas poupou os nomes dos responsáveis?

É meus amigos... José Serra deve ter CENSURADO a Folha para não citar NOMES dos titulares do SERRA-Card!

Ou a Folha deve ter se auto-censurado para proteger José Serra.

Por isso que a luta pela transparência, nos governos demo-tucanos e no noticiário do PIG, continua.

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