Uma notícia com pouco destaque na Folha on line:
"A enfermeira Marizete Borges de Abreu, 43, que estava internada desde sábado (26) na cidade de São Paulo com suspeita de febre amarela vacinal morreu na manhã desta quinta-feira, vítima de falência múltipla dos órgãos.
Ela era enfermeira-chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital de São Mateus, onde ficou internada, e havia sido vacinada no dia 17, em uma unidade básica de saúde também na zona leste.
Abreu tinha ao menos três contra-indicações para a vacina: era portadora de lúpus --uma doença auto-imune--, usava corticóide continuadamente e não pretendia viajar para áreas de risco, mostra reportagem publicada na edição desta quinta da Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
De acordo com o pai da enfermeira, Francisco Borges de Abreu, 75, não foi perguntado à enfermeira se ela tinha alguma contra-indicação. Ela começou a se sentir mal, com vômitos e febre três dias depois de tomar a dose.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que o Centro de Vigilância Epidemiológica investiga o caso. Uma amostra do sangue da enfermeira foi encaminhada ao Instituto Adolfo Lutz para confirmar se a morte foi causada por febre amarela vacinal.
Ao todo, já são 43 os casos de reações adversas à vacina contra a febre amarela no país. O número é muito maior do que os registros da doença confirmados pelo Ministério da Saúde -19 casos desde dezembro, com dez mortes. "
Reparem a notícia:
- Uma enfermeira (com maior conhecimento do que nós, leigos), em tratamento de doença contra-indicada para a vacinação, sem morar nem viajar para área de risco, correu ao posto de vacinação dia 17 de janeiro.
- Dia 16, Eliane Cantanhede, que trabalha nesta mesma Folha, escrevia em resposta às críticas a seu Alerta Amarelo dia 9: "Se você não quiser se vacinar, o problema é seu. Mas a mim compete alertar as pessoas para que se vacinem, sim. Aliás, como Lula já tinha se vacinado, e eu também."
- Eliane Cantanhêde reincidia no mesmo crime de difundir pânico e falso alarmismo à população. Quando ela diz que Lula tinha vacinado, ela está induzindo o leitor a desacreditar nas autoridades. Ela não explicou que Lula viaja com frequência para regiões endêmicas)
Neste dia 16 o título de sua coluna era aterrorizador: "Seis Casos, cinco mortes".
Não sei se a enfermeira leu Eliane Cantanhêde, ou viu nas capas dos Jornais ou na TV, já que passavam a mesma mensagem, induzindo à corrida aos postos de vacinação, sem maiores advertências.
E pior, para fazer política, induzia o cidadão a contestar as orientações oficiais, como se as autoridades da saúde estivessem usando os efeitos colaterais da vacina com desculpa para não vacinar.
A Folha continua irresponsável: usa o termo "febre amarela vacinal", que pode gerar confusão para leigos, se esquivando de dizer com clareza que a enfermeira morreu por ter tomado a vacina sem poder.
O resultado está aí: Eliane Cantanhêde e seus congêneres, estão bem vivos, e já mudaram de assunto, procurando produzir outras crises políticas para desgastar o governo.
Mas Marizete Borges de Abreu não pode mais ler esses jornais, nem ver a TV, nem mesmo votar no candidato demo-tucano da Folha em 2010.
-
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração