"... serviço garantido, ao gosto do freguês, inclui publicação na imprensa, assinado por deputado e ex-ministro ..."
O texto acima é imitação desses anúncios classificados nos jornais, de gente que oferece para fazer teses, trabalhos escolares, escrever discursos para os outros.
Daí, me lembrou o episódio do deputado tucano Paulo Renato.
Ele foi flagrado, quando passou por e-mail um artigo para ser publicado na Folha de São Paulo, criticando a incorporação do BESC pelo Banco do Brasil.
Por descuido, a mensagem foi encaminhada com um texto que ele havia trocado anteriormente com Márcio Cypriano, presidente do Bradesco, onde diz:
"Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação. Muito obrigado, Paulo Renato Souza".
Que vergonha! Um ex-ministro da Educação, um dos mais altos "quadros" tucanos, chegou a ser pré-candidato a presidência da República, se rebaixar a um papel desses de aceitar encomendas ou revisões de artigos em jornal, para banqueiros!
Sabíamos que Paulo Renato foi um ministro que deixava abrir escolas privadas, como uma rede de fast-food abre franquias.
Sabíamos que ele deixava a rede pública de ensino sucateada, sem verbas suficientes. Com isso, gerararia condições para privatizar a rede pública.
Tudo indica que o plano era chegar ao ponto de alegar que, para a rede pública ter recursos, precisaria de investimentos privados. Daí para terceirizar uma escola federal para uma instituição privada, era um passo.
Vimos que Paulo Renato faz ou fez consultoria para editoras de livros didáticos, e também escreveu artigos nos jornais, em defesa das editoras.
Será que ele trocou correspondências também perguntando aos donos da editora se o artigo estava ao gosto do freguês?
Como se não bastasse, entrou com representação na Procuradoria Geral da República para tirar de circulação o livro "Nova História Crítica", de uma editora concorrente à de sua cliente, Editora Moderna. Detalhe: o livro foi aprovado pelo MEC na própria gestão de Paulo Renato (É o livro que Ali Kamel "CENSUROU").
A Editora cliente de Paulo Renato, é uma das mais agressivas no mercado de "apostilagem", um subterfúgio que as prefeituras fazem para gastar dinheiro da educação com apostilas (em vez de gastar com professores), sem necessidade nenhuma, porque o MEC fornece todos os livros didáticos gratuitamente.
Nós sabíamos que os membros da equipe econômica tucana, eram subservientes aos bancos até a medula, mas o ex-ministro da Educação também, já é demais.
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