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domingo, 26 de agosto de 2007
Grupo Abril treme diante de CPI
Foi só a Câmara dos Deputados reunir assinaturas para fazer uma CPI sobre o estranho negócio bilionário da TVA com a Telefonica, que o Grupo Abril entrou em ataque de nervos e perdeu as estribeiras.
Isso é sinal de que a CPI torna-se imprescindível.
Afinal o que teme a Abril? Se ela diz que os negócios são lícitos? Será que não resiste à uma mera investigação?
A Revista Veja já fez matéria desqualificando os deputados signatários da CPI. Para a Veja, os 181 deputados que firmaram o requerimento, ou são "mal-intencionados", ou "ingênuos", ou "enganados".
A tropa de choque de blogueiros da Revista Veja já se manifestou defendendo a Abril (e o emprego, é claro), e naturalmente, atacando Renan e os deputados que assinaram a CPI.
Apelam para a velha lenga-lenga de ataque à liberdade de imprensa. Mas a CPI não vai investigar nada a respeito de jornalismo, e sim os contratos comerciais entre a empresa TVA do Grupo Abril e a Telefonica, sobre o qual pesa enorme indícios de infração à Constituição Federal, já apontadas pelo conselheiro da ANATEL, Plínio Aguiar.
Se liberdade de imprensa servir para esconder todo e qualquer crime, daqui a pouco basta os traficantes editarem jornais e revistas, que não poderão mais ser investigados.
Menos, Veja... menos... Chegou a hora do Grupo Abril deixar de ser só estilingue e expor sua vidraça, que parece estar bem suja e nada transparente.
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