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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Justiça Eleitoral encontra doações de empresas disfarçada: Entre os casos estão doações por mortos,desempregados e beneficiários do Bolsa Família



Dez funcionários de uma construtora doaram R$ 14 mil cada

A Justiça Eleitoral identificou 12.172 casos de inconsistência nas doações e nos gastos da campanha de 2018, envolvendo R$ 42,3 milhões. Entre os casos com indícios de irregularidades estão doações feitas por mortos, por desempregados e por beneficiários do Programa Bolsa Família.

A amostragem foi feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com base na movimentação declarada à Justiça Eleitoral disponível até 29 de setembro. Foram identificadas 7.202 doações feitas por empregados de uma mesma empresa, num montante de R$ 6,8 milhões. Chamou a atenção o caso de dez funcionários de uma construtora que doaram R$ 14 mil cada um, todos com nomes que começam pela letra “A”.

Pelo levantamento do TCU, 211 pessoas fizeram doações incompatíveis com a renda declarada à Receita Federal, num total de R$ 3,2 milhões. Cinco pessoas doaram mais de R$ 100 mil, valor incompatível com seus ganhos. Há também 3.907 doações de desempregados, sendo que 27 destinaram mais de R$ 10 mil.

Há nove doadores mortos, que movimentaram R$ 7.350. Foram encontrados 113 inscritos no Bolsa Família que doaram R$ 87.446, sendo que um destinou R$ 4 mil para campanha eleitoral. Se-gundo a legislação, a doação de pessoa física está limitada a 10% dos rendimentos brutos do ano anterior ao do pleito. 

Segundo técnicos do TSE, a quantidade de casos e os valores suspeitos apontados pelo TCU “são pequenos e podem ser explicados em boa parte pela predominância do financiamento público das campanhas eleitorais”. Até 30 de setembro, o financiamento público respondia por 78% dos gastos, conforme prestações de contas à Justiça Eleitoral.

Policiais de Tocantins detiveram na segunda-feira um homem que tinha acabado de sair de um banco com cerca de R$ 500 mil em uma mala. O suspeito, o advogado e empresário Luiz Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, irmão do deputado estadual Olyntho Neto, candidato à reeleição pelo PSDB, foi levado à delegacia da Polícia Federal em Araguaína (TO), que instaurou inquérito para apurar o caso. O teor do depoimento de Oliveira não foi divulgado.

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