O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anda comentando a parlamentares mineiros que vai concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. Segundo aliados, o tucano concluiu que não há condições políticas para tentar obter nas urnas um novo mandato ao Senado. Segundo pesquisas, Aécio tem um índice de rejeição elevado, o que, na avaliação dos tucanos de Minas, inviabilizaria sua candidatura.
Aécio é réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura os crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça no episódio do repasse de R$ 2 milhões de Joesley Batista. Ele também é investigado no Supremo em inquéritos derivados da Operação Lava-Jato.
Oficialmente, a assessoria do tucano afirma que ele ainda não se manifestou sobre seu futuro político. Parlamentares do PSDB de Minas dizem, no entanto, que Aécio, além de pensar na disputa da Câmara, tem refletido inclusive sobre a hipótese de deixar a política e não ser candidato.
“O sentimento é de que ele será candidato a deputado federal. É o que ele tem sinalizado para nós, mas ele não oficializou ainda sua posição. Temos que esperar”, disse um parlamentar mineiro.
A convenção do PSDB de Minas Gerais será dia 28 de julho. O presidente do diretório mineiro, deputado Domingos Sávio, afirma que os tucanos esperam um pronunciamento formal de Aécio até lá.
Os tucanos mineiros relembram que a candidatura de Aécio ao Senado começou a naufragar na negociação da cúpula do PSDB que tornou o senador Antonio Anastasia o candidato do partido ao governo de Minas Gerais. Ex-governador mineiro sucedendo o próprio Aécio no cargo, Anastasia, que foi vice do tucano, teria incluído como condição para disputar o Palácio da Liberdade o veto do partido à reeleição do ex-companheiro de governo ao Senado.
Nas conversas com tucanos de sua confiança, Aécio tem debatido a possibilidade de seguir dois caminhos: a candidatura a deputado e a desistência de disputar as eleições. A segunda opção, segundo os tucanos, agrada a própria família de Aécio, que pressionaria o tucano a deixar a política. Concorrer à cadeira na Câmara é considerada uma saída atrativa para Aécio porque ele manteria, caso eleito, as prerrogativas parlamentares que lhe asseguram tratamento especial nos casos em que é investigado.
O acerto em torno da candidatura de Anastasia contou com o aval do presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, que já confidenciou a aliados não querer “carregar” Aécio numa campanha a presidente. Alckmin é o pré-candidato do PSDB à Presidência e deve ter seu nome oficializado em convenção, no próximo dia 4 de agosto.
Em abril, pouco depois de o STF tornar Aécio réu, Alckmin afirmou afirmou que seria “ideal” para o partido que Aécio não fosse candidato ao Senado. O tucano argumentou que o veto a Aécio seria uma forma de demonstrar que o PSDB lidaria de forma diferente que o PT com as denúncias de irregularidades praticadas por seus filiados. “Claro que o ideal é que não seja candidato, é evidente”, afirmou Alckmin, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Para o PSDB mineiro, a prioridade é eleger Antonio Anastasia governador. Neste contexto, o partido poderá usar a vaga na chapa que seria de Aécio para atrair partidos que possam engrossar a aliança em torno do tucano. O PSD indicou o deputado Marcos Montes (MG) como potencial vice de Anastasia.
O cenário em Minas Gerais ainda é complicado. O PSDB gostaria de uma composição com o DEM, que também tem o deputado Rodrigo Pacheco (MG) como pré-candidato ao governo estadual. Há ainda dúvidas sobre a postura do PSB, por exemplo
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