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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Bolsa diesel queima 1/3 do Bolsa Família



Temer  tira dos programas sociais para beneficiar estrangeiros

O subsídio para manter a política de reajuste dos combustíveis representará para os contribuintes R$ 13 bilhões até o final deste ano, o equivalente 1/3 do Programa Bolsa Família, admite o chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Marcos José Mendes.

O governo informa que precisará fazer cortes. Clemente Ganz Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), afirma que quem vai pagar a conta no final é toda a sociedade, especialmente os mais pobres, como os beneficiários do Bolsa Família e Farmácia Popular.

Para o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Felipe Coutinho, a política de preços “continua tirando da maioria dos brasileiros para favorecer aos importadores, comer-ciantes e refinadores estrangeiros. Se não pagamos, direta e indiretamente pelo litro do diesel, pagamos por meio de impostos regressivos e injustos. É a política de preços ‘America first!’”

Na visão do Dieese, o presidente da República eleito em outubro terá que tomar duas medidas principais: recuar da política de paridade internacional nos preços dos derivados, considerando também outros fatores, como a produção de petróleo e refino no país, custos para essas produções e câmbio; e aumentar o volume de petróleo refinado em refinarias próprias – que atualmente utilizam apenas 68% da capacidade total – dependendo menos do mercado internacional.

O governo, porém apega-se a seus dogmas. O sumido ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, reapareceu na Câmara dos Deputados nesta terça-feira para dizer que será estudada uma pro-posta para reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis para o consumidor.

Moreira, porém, reafirmou a manutenção da atual política de preços da Petrobras, com variações diárias em decorrência da taxa de câmbio e do valor do petróleo no mercado internacional.

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