A prisão do ex-presidente Lula não alterou a preferência do brasileiro por seu partido, o PT.
Segundo pesquisa Datafolha realizada de 11 a 13 de abril, 20% dos entrevistados têm simpatia pelo PT —em janeiro, eram 19%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os demais partidos registram índices bem menores. Em segundo lugar aparece o MDB, citado por 4% dos entrevistados; depois vêm PSDB (3%) e PDT e PSOL (1% cada um). As demais siglas não pontuaram.
Desde 1989 o Datafolha realiza esse modelo de pesquisa. O maior grupo de entrevistados sempre declarou não ter preferência partidária. Nesta última sondagem, 62% deram essa resposta —eram 64% em janeiro deste ano.
O PT é o partido preferido dos brasileiros desde 1999. Teve seu melhor desempenho em março de 2013, quando foi mencionado por 29% dos entrevistados.
O pior resultado nesse período veio em dezembro de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, quando o partido teve 9% das menções.
Ainda assim, foi o partido com mais simpatizantes (MDB e PSDB, em segundo lugar, tinham 4% cada um).
Nesta pesquisa de 2016, os brasileiros sem preferência partidária chegaram a 75%, patamar mais alto de toda a série histórica do Datafolha.
A partir de 2017, o PT voltou a crescer, e o número dos que se declaram sem partido entrou em queda.
Partido do povão
Na análise por variáveis socioeconômicas, observa-se que a preferência pelo PT diminui conforme aumenta o grau de instrução e a renda familiar mensal do entrevistado: 25% entre os menos instruídos ante 12% entre os mais instruídos; 26% entre os mais pobres contra 11% entre os mais ricos.
Partido mais citado em todas as regiões do país, o PT registra índices mais altos nas regiões Norte (27%) e Nordeste (32%) e mais baixos no Sul (15%) e no Sudeste (15%) do país.
MDB e PSDB não alcançam 10% de menções em nenhuma região do país.
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