Pages

sábado, 22 de julho de 2017

Com aumento da gasolina, frete pode ficar em até 4% mais caro



Central critica aumento de tributo, enquanto serviço da dívida leva R$ 2,6 tri

O aumento do imposto do combustível poderá gerar uma alta de até 4% no preço do frete, segundo estimativa da Agência Nacional de Transporte de Cargas (ANTC), entidade que atua no ramo de consultoria em agenciamento de cargas. Os produtos ficarão mais caros no Norte e Nordeste, regiões mais distantes dos polos produtores no Sul e Sudeste.

“O quanto do frete será repassado ao produto vai depender do peso do frete no produto. Tem produto que não representa nada. Mas tem situações piores, nas quais o frete pesa, quando o valor do produto é baixo, como na cesta básica com arroz, feijão, farinha”, disse, à Agência Brasil, o assessor técnico da ANTC Lauro Valdívia.

Para a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), esta decisão do Governo Temer “representa um acinte diante da utilização de recursos do orçamento da União para o pagamento de juros e amorti-zações da dívida – que só em 2016 chegou a quase 44% do orçamento de R$ 2,57 trilhões”.

Além disso, a CSB criticou o pacote de benesses do governo ao Congresso Nacional. “Em junho R$ 1,8 bilhão foi liberado em emendas parlamentares durante a tramitação da reforma trabalhista. Só com propaganda sobre a reforma da Previdência, o governo gastou R$ 100 milhões. Em junho, segundo a ONG Contas abertas, o governo liberou R$ 134 milhões em emendas parlamentares a 36 dos 40 deputados que votaram a favor do presidente” na CCJ da Câmara.

O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, afirmou que “o aumento de impostos sobre o diesel terá impacto de 2,5% sobre os custos do transporte rodoviário de cargas, com reflexos imediatos no preço do frete e, consequentemente, no custo dos alimentos e de todos os produtos consumidos pela população brasileira”.

O porta-voz da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Bolívar Lopes, disse que o preço dos fretes, que já estava abaixo dos custos, ainda deve demorar um pouco para ser reajustado, uma vez que os transportadores não querem perder clientes.

O transporte terrestre predomina no Brasil: 60% das mercadorias são transportadas por caminhões. Nas cidades, essa porcentagem aumenta para 95%, segundo a ANTC. De acordo com a entidade, o combustível representa 40% do custo de um frete.

2 Comentários:

redomona disse...

Isto nao é problema pois como disse nosso presidente golpista:"Não existe crise econômica no Brasil"

jorge disse...

Ué, os caminhoneiros não vão bloquear as estradas?

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração