Pages

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Na ONU, Venezuela denuncia corrupção generalizada no governo Temer



Na sabatina de direitos humanos do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU)  governo da Venezuela denunciou  a corrupção no governo de Michel Temer, além das violações ocorridas no País. O discurso, entre os mais de cem países que tomaram a palavra, foi o mais duro, refletindo a crise diplomática que existe entre Caracas e Brasília nos últimos meses.

"Estamos profundamente preocupados com a corrupção generalizada no governo", disse nesta sexta-feira a delegação de Caracas.

O governo de Nicolás Maduro vem sendo atacado pelo Itamaraty pelos  protestos nos últimos dias. O governo Temer  também tem atacado quando fala em  as ameaças  a democracia.

Além disso, o governo de Maduro pediu o "restabelecimento da democracia e estado de direito, fundamental para os direitos humanos, afetados pelo golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff".

Citando a discriminação contra mulheres, indígenas, afrodescendentes e a violência contra crianças de rua, a Venezuela ainda criticou a Emenda Constitucional 95, que congela gastos por 20 anos. A emenda, segundo Caracas, é incompatível com obrigações internacionais e vai afetar 16 milhões de pessoas.

"A situação de direitos deu um passo para trás de 20 anos, com o fim do status ministerial da pasta de Direitos Humanos", completou a delegação da Venezuela.

No total, 109 governos se inscreveram para cobrar respostas do Brasil, o que deve ocorrer durante esta sexta-feira. Outros  países avaliam a possibilidade de levantar o debate sobre a corrupção. Outro tema será o impacto dos cortes de orçamentos nos programas sociais, também denunciado por relatores da ONU.

Países membros das Nações Unidas são obrigados a passar por uma Revisão Periódica Universal, um mecanismo criado nas Nações Unidas para examinar todos os aspectos de direitos nos países de forma regular. Para se preparar para o questionamento, a entidade elaborou um raio-x completo sobre a situação brasileira nesse período desde o último exame do País, em 2012. Nele, a entidade revela profundas violações de direitos humanos, regressão em assuntos como terras indígenas e a incapacidade em reduzir a violência policial e as crises nas prisões.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração