Pages

sábado, 27 de maio de 2017

Aécio é investigado pelo MP de Minas por propina em obra da Cidade Administrativa



O Ministério Público de Minas Gerais vai investigar a denúncia de atuação irregular do senador afastado Aécio Neves (PSDB) na construção da Cidade Administrativa.

A promotora Elizabeth Villela, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, já havia aberto um inquérito para averiguar suspeitas de ilegalidades na obra. E incluiu nele a denúncia feita por delatores da Odebrecht sobre o pagamento de propina ao senador, quando ele ocupou o cargo de governador.

Já existem dois inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal para apurar a eventual responsabilidade criminal de Aécio na obra. O teor destes inquéritos deve ser compartilhado com o Ministério Público mineiro, que atuará na averiguação da responsabilidade civil, por suposta prática de improbidade administrativa.

Conforme os inquéritos da “Lava Jato”, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedito Júnior, afirmou que pagou R$ 5,2 milhões em propina a Aécio Neves. O consórcio do qual a empreiteira fez parte ficou responsável pelo lote 2 da obra, etapa que custou R$ 367,6 milhões.

A Odebrecht recebeu R$ 90 milhões do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A construção custou aos cofres públicos R$ 1 bilhão.

A inclusão de Aécio no inquérito mineiro foi feita após pedido do deputado estadual Rogério Correia (PT). Ele solicitou o desarquivamento de procedimento investigatório aberto há cerca de sete anos.

Na resposta ao parlamentar, a promotora informa que existe um inquérito aberto e que irá incluir nele as informações dos delatores da Odebrecht, motivo da solicitação de Correia. O inquérito aberto pela Promotoria teve como escopo delação da OAS que cita irregularidades na Cidade Administrativa supostamente cometidas também por Oswaldo Borges da Costa Filho, à época presidente da Codemig. Agora, Aécio também fará parte.

“Ressalvo ainda que a diligência sugerida pelo Exmo deputado já foi encaminhada ao procurador-geral de Justiça em 24/04/2017”, diz trecho do comunicado assinado por Villela. Correia havia pedido a inclusão das delações da Odebrecht no inquérito.

O Tribunal de Contas do Estado já havia aberto procedimento para investigar as irregularidades. O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Daniel de Carvalho Guimarães, requisitou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o compartilhamento de provas relativas a ilegalidades.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração