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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Querer salário e aposentadoria é ser “petista”?



A direita está “denunciando” a greve geral de sexta-feira (28) como um ato petista. De fato, o ataque contra o PT era o tempo todo para atacar os trabalhadores, em primeiro lugar. A “denúncia” da direita, nesse sentido, faz sentido.

Atacam o PT para roubar sua aposentadoria, seu salário, seu futuro e sua dignidade. Isso é o golpe, conforme foi avisado antes, durante e depois do golpe. Por isso a luta contra o golpe é denunciada como “petismo” pela direita.

O golpe era contra você, o antipetismo era uma manobra contra você. Querer se aposentar, querer não ganhar um salário de fome, querer ter direitos trabalhistas etc. é ser “petista”. É isso que “petista” significa para a direita, o que os direitistas procuram dissimular com a campanha “contra a corrupção”.

O truque da direita vendepátria é justamente tentar intimidar as pessoas por causa da campanha “contra a corrupção” que envolve o PT. O papel de quem vive de salário diante dessa tentativa é ignorar os coxinhas que estão esperneando em defesa dos patrões e sair às ruas em defesa dos próprios direitos na sexta-feira.

Vai ter luta por direitos trabalhistas sim! Vai ter luta para poder se aposentar em vida sim! Se isso é ser “petista”, então sejamos todos “petistas”. As acusações lançadas por coxinhas são acusações de quem defende as reformas e tem dificuldade pra fazer isso abertamente, caso do MBL, que teve dirigentes treinados em ONGs imperialistas norte-americanas despejados em cima do Brasil como mísseis Tomahawk. Por Willian Dune

E vejam  um trecho que escreveu Fernando Rodrigues da Folha;Uol: Se engana quem pensa que a greve do dia 28 é coisa de petista

Um engodo com ranço ideológico -- achar que a greve é do PT--. Gente da elite, empresários, integrantes do governo Temer, jornalistas, em síntese errará redondamente quem enxergar na paralisação geral desta 6ª feira um movimento da esquerda, do PT ou de sindicalistas viúvos dos governos Lula e Dilma. Sim, estes estarão na linha de frente, e seus principais animadores estão assentados nos partidos de esquerda, nos sindicatos associados à esquerda, nos militantes das centrais sindicais e nos inimigos em geral do presidente Michel Temer.Mas a multiplicidade de categorias previstas, a escala nacional prometida e o alcance de repercussão da greve de 24 horas desabonam avaliações mais restritivas.

O mal-estar é mais generalizado que preferências partidárias. São bancários, ferroviários, metroviários. Professores da rede pública, professores da rede privada. Motoristas, cobradores e fiscais de transporte público, profissionais de saúde. Metalúrgicos, petroleiros. Provavelmente aeronautas. Muitas dessas categorias cadastram-se na pasta da classe média. Quando somadas, torna-se impossível creditar a um partido A ou B. Se considerado o impacto sobre a população que a paralisação, mesmo por 24 horas, de serviços como transporte, saúde e educação causam, ou a chancela (e estímulo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o ambiente negativo para o governo Temer tende a se tornar muito mais amplo do que entre os pregadores da tese do golpe de 2016.

As 8 centrais sindicais que conduzem a mobilização representam cerca de 10 milhões de trabalhadores. Pode-se torcer o nariz para elas, pode-se questionar a legitimidade de suas preferências, mas é o jogo jogado: são 10 milhões de trabalhadores representados e, conforme as regras existentes, a maioria dos sindicatos optou pela adesão. Essa gente toda não vai para as ruas protestar, e a dimensão dos prognósticos pode não se confirmar. Mas o tema e a mobilização já, por si, ajudaram a difundir o mal-estar com as reformas. E em quase todos os cantos do país.


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