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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Temer manda Petrobras vender fatia de áreas no pré-sal para francesa Total



A Petrobras anunciou nesta quarta (21) a venda de participações em áreas do pré-sal e usinas térmicas para a francesa Total, como parte de um acordo de cooperação entre as duas companhias assinado em novembro.

A operação tem o valor total de US$ 2,2 bilhões, dos quais cerca de US$ 1,6 bilhão entrarão no caixa da estatal quando o contrato for assinado, em até 60 dias.

O acordo com a Total prevê a venda de fatias em duas áreas que estão entre as mais promissoras do pré-sal, os blocos BM-S-9 e BM-S-11, na Bacia de Santos.

No primeiro, a Petrobras repassará para a Total 22,5% da concessão de Iara, que tem três campos (Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu).

Após a operação, a Petrobras fica com 42,5% do negócio. Os outros parceiros são a Shell, com 25%, e a Galp, com 10%.

No BM-S-11, a Total ficará com 35% do campo de Lapa, que entrou em produção esta semana. A Petrobras manterá uma participação de apenas 10%.

Os outros parceiros são Shell, com 30%, e Repsol, com 25%.

Nesta área, está hoje o maior campo produtor de petróleo do país, Lula, com mais de 600 mil barris por dia.


Parente explicou, porém, que os atuais sócios no projeto poderão exercer direito de preferência sobre a fatia oferecida à Total.

Na área de exploração e produção, as empresas acordaram ainda desenvolver estudos conjuntos em bacias petrolíferas na região Norte e ao sul da Bacia de Santos, onde a Total já mantém atividades.

Além disso, a Petrobras terá direito de compra de participação em um bloco da Total no México.

As duas empresas já são sócias na área de Libra, a maior descoberta do pré-sal brasileiro.

Com o acordo anunciado nesta quinta, a Total passa a ter produção de petróleo no Brasil e segue os passos da Shell (estrangeira com maior presença no pré-sal) e a norueguesa Statoil, que recentemente anunciou a compra da área de Carcará, também da Petrobras.

GÁS

O companhia francesa também ganha acesso ao mercado brasileiro de gás natural, mercado em que a Petrobras pretende reduzir sua presença.

O acordo prevê a transferência à Total de 50% das térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, na Bahia. Juntas, as duas têm potência de 322 megawatts.

Além disso, terá acesso ao terminal de importação de gás localizado em Salvador.

O presidente da companhia, Patrick Pouyanné, disse que a empresa poderá começar a trazer gás para o país, primeiro para atendimento às térmicas e depois em busca de novos clientes.

TCU

Parente defendeu que, por se tratar de um acordo de cooperação, o negócio não desrespeita determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que a empresa suspenda operações de vendas de ativos.

"É parceria estratégica, não é desinvestimento. Neste momento, este tipo de acordo não está incluído na decisão do TCU", argumentou.

O tribunal permitiu que a empresa concluísse apenas cinco transações. A lista não inclui, porém, os ativos envolvidos na operação com a Total.

A Petrobras também vem enfrentando obstáculos judiciais para a venda de ativos. Liminares já paralisaram quatro operações.

"Vamos recorrer até fazer prevalecer o nosso ponto de vista", afirmou Parente. 

Justiça mantém suspensão da venda de campos da Petrobras à Karoon

A Justiça Federal rejeitou, em segunda instância, recurso da Petrobras e manteve a suspensão do processo de venda dos campos de Baúna e Tartaruga Verde para a australiana Karoon, em mais uma decisão que ameaça o plano de desinvestimentos da estatal.

A decisão foi tomada no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), segundo informações o Sindipetro Alagoas Sergipe (AL/SE), responsável pela ação contra a Petrobras.

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