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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Dois pesos e nenhuma medida


“Corruptor e corrupto são igualmente culpados”. Foi isso que disse o juiz Sérgi Moro em 2015. Mas na realidade é assim:

O juiz Sergio Moro aceitou, nesta quinta-feira (3), a denúncia contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci Filho, que vira réu na Operação Lava Jato, sob acusação de corrupção.
O ex-ministro, preso preventivamente em Curitiba, é acusado de receber propina do grupo Odebrecht a fim de defender os interesses da empresa.

"Há razões fundadas para identificar Antônio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo codinome 'Italiano' no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht", escreveu Moro, no despacho que acatou a denúncia.

Não é do PT: Empresário admite pagamento de propina e é solto
                             Marcondes Ferraz vai pagar fiança de R$ 3 milhões e deixará a prisão
O empresário Mariano Marcondes Ferraz vai deixar a prisão. Ele pagará fiança de R$ 3 milhões e ficará proibido de deixar o país. A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Moro em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira, em Curitiba. Ferraz foi preso no último dia 26 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando se preparava para voar para Londres.

Na audiência de custódia, admitiu ter pagado propinas e se dispos a colaborar com a Justiça. O passaporte do empresário deverá ser entregue à Justiça.

Vinculado aos grupos Trafigura e Decal, o empresário é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro e foi alvo de prisão preventiva. Segundo o Ministério Público Federal, entre 2011 e 2013 ele pagou mais de US$ 800 mil ao então diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, decorrente de propina em contratos com a estatal. Os depósitos foram feitos em contas no exterior, em nome de genros de Paulo Roberto Costa.

Ferraz tem nacionalidade brasileira e italiana e reside no exterior, onde trabalha e possui, segundo os procuradores, vultuosos recursos financeiros depositados. A prisão preventiva havia sido decretada pelo juiz Sérgio Moro para garantia de aplicação da lei penal. Os procuradores haviam argumentado que, se não fosse mantido preso, ele poderia deixar o Brasil e não retornar mais.


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