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domingo, 1 de maio de 2016

Dilma: Esse golpe também é contra os trabalhadores





Presidenta Dilma em ato no Vale do Anhangabaú, (São Paulo), reafirmou não haver razão para impeachment e que golpistas vão retroceder em conquistas sociais e trabalhistas


Dilma anuncia correção do IR e aumento em programas sociais

Durante o 1º de Maio da CUT, presidenta apontou que, ao contrário dos golpistas, governo irá ampliar inclusão social

Diante de 100 mil pessoas que participam do 1º de Maio da CUT, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a elevação de recursos para programas sociais e garantiu que novas conquistas virão se os golpistas não tomarem o poder.

O pacote da presidenta inclui o reajuste do programa Bolsa Família que deve elevar o benefício em 9% e lembrou que a proposta já estava prevista desde agosto de 2015.

Dilma anunciou também a correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física em 5%, a partir do ano que vem, uma história reivindicação da CUT, de outras centrais e movimentos sociais. 

A presidenta também divulgou a contratação de mais 25 mil moradias para o programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, a criação de um conselho nacional tripartite do trabalho, que incluirá organizações sindicais, e a ampliação da licença-paternidade, de cinco para 20 dias, aos servidores públicos federais.

“Essa é uma forma de incentivar os homens a ajudarem as mulheres no cuidado com os filhos”, disse, a explicar a medida.

Dilma afirmou ainda que na terça-feira (3) lançará o 3º Plano Safra da Agricultura Familiar, que garante o financiamento à produção e à aquisição de alimentos.

Quem julga Dilma?

Com um “meus queridos e minhas queridas”, a presidenta explicou porque o impeachment é golpe e tratou de se diferenciar de grande parte dos parlamentares que julgam seu mandato ao lembrar que não cometeu crime de responsabilidade.

“Como eu não tenho conta no exterior, como eu jamais utilizei recurso público em causa própria, nunca embolsei dinheiro do povo brasileiro, não recebi propina e nunca fui acusada de corrupção, eles tiveram que inventar um crime. Como estava muito difícil achar um crime, eles começaram dizendo que eram os seis decretos”, referindo-se às chamadas pedaladas fiscais, para logo em seguida lembrar que foram 101, em 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Segundo Dilma, o golpe não fere apenas seu mandato, mas atinge a democracia e o próprio processo eleitoral. “Eles tiram os meus 54 milhões de votos. Mas não é só isso. Naquela eleição, em 2014, votaram 110 milhões de brasileiros e brasileiras. Não são apenas os meus votos que eles praticamente roubam. São os votos daqueles que não votaram em mim, mas que acreditam na democracia e no processo eleitoral.”

Ao lembrar a reação dos perdedores das últimas eleições, Dilma destacou que antes mesmo do impeachment, tentaram levar no tapetão ao pedir (e perder) a recontagem dos votos, auditoria das urnas e pedir que não fosse empossada sob a alegação de problemas nas contas da campanha que foram aprovadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ato pró-Dilma e contra Bolsonaro na Praia de Iracema relembra vítimas da ditadura militar 
Os manifestantes seguravam faixas com os dizeres: "Golpe nunca mais" e "Fora Cunha e leva o Temer junto" e gritavam: "Não vai ter golpe, vai ter luta"

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