A Furacão 2000, tradicional organizadora de bailes funk carioca, pretende levar 100 mil pessoas das favelas do Rio de Janeiro para a praia de Copacabana, durante a votação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, domingo (17), na Câmara dos Deputados, para se manifestar contra o golpe.
O fundador da Furacão 2000, Rômulo Costa, espera forte adesão dos moradores de comunidades da região, como Rocinha, Vidigal, Pavão Pavãozinho, Cantagalo, Chapéu Mangueira, Tabajara.
Admirador do presidente Lula, Costa considerou absurdas as críticas a ele pelo que conquistou economicamente para o povo brasileiro e afirmou que ele merecia mais. “Ele tinha que morar em um prédio de dez andares na (Avenida) Vieira Souto, por tudo o que já fez pelo país”, afirmou ao jornal carioca O Dia. A avenida é o metro quadrado mais caro da América Latina, onde mora Aécio Neves.
Evangélico e frequentador da Igreja Universal, Costa não poupou críticas ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal articulador do processo de impeachment, mas que é réu na Operação Lava Jato, suspeito de receber propina de US$ 5 milhões, mantidas em contas secretas na Suíça. “Temos um presidente ilegítimo para comandar o processo. O paraíso fiscal do Cunha, no Rio, é a Assembleia de Deus”, disse Costa.
O grupo pretende utilizar dois grandes caminhões de som para convocar a população e está negociando a participação de artistas no evento. Ele ainda pretende solicitar a liberação, durante algumas horas, das catracas da Supervia e do Metrô Rio, concessionárias do transporte ferroviário carioca. (Com informações da Rede Brasil Atual).
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