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quinta-feira, 24 de março de 2016

Túnel no Rodoanel, conhecido como “roubanel”, causa prejuízo de R$ 39 milhões


A Polícia Federal (PF) em São Paulo investiga suspeita de superfaturamento e fraude à licitação nas obras do Trecho Norte do Rodoanel, contratada pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) apuram se o aumento de ao menos R$ 170 milhões nos custos de terraplenagem da construção foi autorizado pela estatal para beneficiar empreiteiras.

O inquérito foi instaurado no dia 16 de fevereiro pela Delefin, delegacia especializada no combate a desvio de recursos públicos, após denúncia feita por um ex-funcionário da estatal. Segundo o delator, os custos com terraplenagem subiram mais de R$ 420 milhões depois de a Dersa assinar aditivos contratuais com os consórcios que executam a obra, em 30 de setembro de 2015, incorporando composições de preços e incluindo novos serviços, mas sem alterar o valor final do contrato.

Na terça-feira, 22, o Ministério Público Federal (MPF) intimou a Dersa a enviar cópias de todos os contratos e aditivos relacionados ao Trecho Norte. O Estado questionou o órgão para saber se ele abriu uma outra investigação sobre o Rodoanel ou apenas colabora com a PF, mas não obteve resposta para essa pergunta. A apuração de suposto desvio virou alvo das instituições porque a obra recebe repasses do governo federal.

As modificações foram feitas a cinco meses do fim do prazo contratual da obra, que deveria ter sido concluída em fevereiro. No mês passado, em visita ao local, Alckmin disse que já havia executado 53% dos 47,6 quilômetros que vão ligar as rodovias dos Bandeirantes e Presidente Dutra e concluir assim o anel viário da Grande São Paulo. Agora, a promessa é entregá-lo em março de 2018.

Aumento

Pelos contratos assinados em 2013, no valor total de R$ 3,9 bilhões, o custo previsto com terraplenagem em toda a obra era de R$ 423,7 milhões. Planilhas de pagamentos da Dersa obtidas pelo Estado mostram que, até janeiro deste ano, o valor atualizado para esse serviço era de R$ 845,4 milhões, um aumento de 99,6%.

A Dersa afirma, contudo, que uma parte significativa desses valores na planilha de pagamentos se refere a serviços reajustados de terraplenagem feitos em outras fases da construção, como obras de artes especiais e túneis, e não na fase de terraplenagem prevista no contrato. Assim, afirma a estatal, o aumento real desse serviço foi de R$ 170 milhões, ou 40,2% do previsto na soma dos contratos.

O maior acréscimo (385,6%) foi registrado no lote 2, executado pela construtora OAS, investigada pela Operação Lava Jato e cujo sócio já foi condenado no escândalo de corrupção da Petrobrás. Nele, os valores subiram, principalmente, por causa do aumento do serviço de transporte de material por mais de 15 quilômetros (R$ 12,3 milhões) e da inclusão do serviço de remoção de rocha (matacão) em escavação (R$ 22,3 milhões).

O segundo maior aumento, segundo a Dersa, aconteceu no lote 1, do consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán, também investigado na Lava Jato. Nele, houve acréscimo de 69,8%, ou R$ 30,2 milhões, principalmente com o serviço de desmonte de rocha com uso de argamassa expansiva, que não estava prevista. Esse técnica, mais cara, é usada para destruir uma rocha sem precisar explodi-la, eliminando o impacto de vibração da terra e reduzindo o risco de danos à rede elétrica existente.


Alvo de investigação da Polícia Federal
Nova testemunha confirma fraude na obra do Rodoanel de São Paulo
Túnel no Rodoanel causa prejuízo de R$ 39 milhões

Hoje no Estadão

Uma segunda testemunha que também trabalhou na empresa Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) confirmou, em depoimento à Polícia Federal, as suspeitas de superfaturamento nas obras do Trecho Norte do Rodoanel denunciadas por um ex-funcionário da estatal controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Na quarta-feira (23), o Estado revelou que investigadores da Delefin (Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros), braço da PF especializado no combate a desvio de recursos públicos, apuram se o aumento de ao menos R$ 170 milhões nos custos de terraplenagem da construção foi autorizado pela Dersa em setembro de 2015 para beneficiar as empreiteiras contratadas para construir o Rodoanel Norte.

Segundo o delator, os custos com terraplenagem subiram mais de R$ 420 milhões depois dos aditivos, um acréscimo de 99,6% em relação aos valores previstos nos contratos dos seis lotes da obra, assinados em 2013 no valor total de R$ 3,9 bilhões. A Dersa rebate dizendo que o aumento real de custo nesse serviço foi de 40,4%, o equivalente a R$ 170 milhões.

 As informações são do jornal "O Estado de São Paulo".

1 Comentários:

Maia Oswaldo disse...

Helena, vá ser dissimulado assim lá na casa do caraca! Dá nojo olhar pra cara desse corrupto. Além de roubar o anel, ele também roubou a aliança e o relógio dos imbecis que se juntaram a ele e ao AECÍNICO na MARCHA DOS CORRUPTOS. Dizem as boas línguas que os desavergonhados do JUDICIÁRIO que marcaram presença na PUTARIA confirmaram que ali só tinham babacas e sonegadores apoiando a corrupção. Ah se a DONA ZELOTES não estivesse sob o controle da PF. Empresários e Banqueiros presentes teriam sido todos presos em flagrante e levados para o Cartel de Curitiba. Continuo puto e revoltado com o silêncio imposto pela GLOGOLPE para esconder os crimes de seus amigos intímos. Vergonha NACIONAL e INTERNACIONAL!

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