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domingo, 13 de março de 2016

Promotor Cassio Conserino, que pediu a prisão de Lula, já foi processado e condenado



Da coluna de Janio de Freitas: O promotor Cassio Conserino, que pediu a prisão de Lula, já foi processado por dano moral e por isso condenado a indenizar um dos seus presos, solto como todos os outros do mesmo inquérito. O juiz federal Sergio Moro e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima correm risco de processos semelhantes.

 Já há uma representação contra Moro, apresentada ao Conselho Nacional de Justiça pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo: o juiz insinuou, sem sequer indício factual ou pericial, que o advogado Roberto Teixeira poderia ter "forjado assinaturas", em documentos de compra do sítio em Atibaia. Nisso, disse que o advogado é capaz de falsificações.

Moro e Lima são dados como autores de insinuações e "suspeitas", em público, não confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Haja poupança.

Em tempo: muito interessante, de fato, a amistosa visita-palestra do juiz Sergio Moro ao Lide, do João Doria acusado de corrupção eleitoral por colegas do próprio PSDB, além de uma testemunha. Leia mais aqui


E esse é o promotor de Justiça José Carlos Blat 
Veja de 5 de fevereiro de 2006
 [Revista VEJA, “Intocável sob suspeita”, edição 1943, de 15/02/2006]

Na edição citada, os “procedimentos administrativos respondidos pelo autor”, segundo o juiz, são os seguintes:

ACUSAÇÃO 1: “(…) Em 1998, entrou para o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas. A Corregedoria o investigava por uma tentativa de livrar-se de multas no Detran e por um episódio estranho em que um carro oficial do Gaeco foi apreendido fora da cidade de São Paulo – com um criminoso ao volante. No fim de 2004, a Corregedoria do Ministério Público decidiu levar essas investigações a fundo. Ouviu o depoimento de onze pessoas, entre elas quatro promotores. Com base nesses depoimentos e em documentos levantados, a Corregedoria disse ter encontrado indícios de crimes mais graves.”

ACUSAÇÃO 2: “(…) As primeiras investigações contra Blat colocaram em xeque suas ações contra desmanches de veículos roubados. Promotores afirmaram que uma seguradora de veículos indicava quais locais deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso. Nessas ações três funcionários dessa seguradora apresentavam-se como peritos. Todo o estoque era apreendido e, em vez de seguir para a polícia, a maior parte das peças era desviada para um depósito de terceiros.”

ACUSAÇÃO 3: “(…) Blat também foi acusado de proteger o contrabandista chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo. Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, ele teria dirigido o foco da investigação somente contra os pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Uma advogada que trabalhava para o contrabandista visitava Blat periodicamente no Gaeco.”

ACUSAÇÃO 4: “(…) As investigações descobriram ainda que Blat mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por bancar o jogo do bicho. Blat admite que, antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, outro banqueiro do bicho, numa loja de conveniência – o que não é crime.”

ACUSAÇÃO 5: “(…) Os bens do promotor também entraram na mira da Corregedoria. Segundo os depoimentos, Blat comprou de uma só tacada dois carros importados e blindados. A Corregedoria recebeu uma denúncia de que um apartamento no Guarujá também seria de Blat. Mais tarde, descobriu-se que, na verdade, estava em nome do ex-sogro do promotor, René Pereira de Carvalho, um procurador de Justiça. Carvalho tentou pagar 200 000 reais em dinheiro vivo, mas, diante da recusa da vendedora, usou cheques administrativos. A origem dos recursos não foi esclarecida. Por isso foi aberto um inquérito específico sobre seu patrimônio.”


 Da Revista VEJA, “Intocável sob suspeita”, edição 1943, de 15/02/2006

O promotor de Justiça José Carlos Blat  já  respondeu processo  no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) eEle era acusado de tentar se livrar de multas do Detran e de tentar beneficiar investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).O promotor  foi afastado das funções que exercia no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de São Paulo

Em 1998, o promotor José Carlos Blat  entrou para o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas. A Corregedoria o investigava por uma tentativa de livrar-se de multas no Detran e por um episódio estranho em que um carro oficial do Gaeco foi apreendido fora da cidade de São Paulo – com um criminoso ao volante. No fim de 2004, a Corregedoria do Ministério Público decidiu levar essas investigações a fundo.A Corregedoria disse ter encontrado indícios de crimes mais graves contra o promotor...As primeiras investigações contra Blat colocaram em xeque suas ações contra desmanches de veículos roubados. Promotores afirmaram que uma seguradora de veículos indicava quais locais deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso

 Blat também foi acusado de proteger o contrabandista chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo. Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, ele teria dirigido o foco da investigação somente contra os pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Uma advogada que trabalhava para o contrabandista visitava Blat periodicamente no Gaeco. 

As investigações descobriram ainda que Blat mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por bancar o jogo do bicho. Blat admite que, antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, outro banqueiro do bicho, numa loja de conveniência

Sobre Blat pesam também as seguintes suspeitas: usar veículos e pessoal do Gaeco para interesses pessoais, negociar com um delegado a liberação de seu pai, que teria sido preso em flagrante por armazenar bens roubados, abuso de autoridade, truculência e suspeita de enriquecimento ilícito.
Os bens do promotor também entraram na mira da Corregedoria. Segundo os depoimentos, Blat comprou de uma só tacada dois carros importados e blindados.

Investigações mais profundas seriam necessárias para comprovar os crimes. Porém, em vez de promover quebras de sigilo para esclarecer por completo as suspeitas, o atual procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, recomendou o arquivamento de tudo.

O procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto, que atuou nas investigações sobre Blat, se diz indignado com o pedido de arquivamento dos processos contra promotor de Justiça José Carlos Blat. Disse o procurador de Justiça:  ...."No entanto, por muito menos, políticos e empresários são duramente investigados pelo Ministério Público paulista – é o caso do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Enquanto seu destino no Ministério Público não é definido, Blat já traça outros planos. Disse a VEJA: "Eu me desiludi com o Ministério Público. Estou pensando em me candidatar a deputado federal". É da   Veja, que os tucanos amam ..

1 Comentários:

Ricardo disse...

Com tantas suspeitas que há sobre membros do MP e do Judiciário, é de se atentar para os concursos públicos. O baixo nível intelectual e as constantes denúncias envolvendo ocupantes de cargos de altos salários, cujas provas para admissão no serviço público são dificílimas e muito concorridas, chegando em certos casos a ultrapassar 1000 candidatos por vaga, mostram que é necessário mais atenção quanto à fiscalização dos concursos públicos. O governo federal, se tivesse uma polícia federal capacitada, deveria passar a investigar a idoneidade e competência das empresas que organizam concursos públicos, já que há muitas denúncias, por parte de participantes, de fraudes nessas provas. E investigar principalmente os concursos para cargos de altos salários, pois é onde há mais tendência de fraudes.

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