A "justiça" da farinha pouca, meu pirão primeiro.
Pressionados por juízes e desembargadores, alguns líderes de partidos articulam emenda que abre uma brecha no projeto que regulamenta o teto de R$ 33.700 para salários no funcionalismo público. Com a mudança, a elite dos servidores teria direito a receber até R$ 50.550 mensais.
A proposta original, enviada pelo governo ao Congresso, prevê que verbas extras, como as destinadas para moradia e educação, sejam levadas em conta no cálculo dos vencimentos, o que derrubaria remunerações, principalmente no Judiciário. A nova emenda quer retirar esses benefícios do cálculo dos salários — haveria um teto específico para estas verbas, chamadas de indenizatórias.
50% a mais
O jeitinho permitiria aumento de até 50% da maior remuneração do setor público, o que representaria R$ 16.850 a mais.
Votação
O projeto que prevê economia de R$ 800 milhões anuais (no projeto original) está previsto para ser votado amanhã (2).
Entre os deputados que articulam a emenda (do interesse de juízes) estão Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Rogério Rosso (PSD-DF).
Prudência
Em tempos de Lava Jato, políticos não querem saber de irritar a Justiça.
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