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terça-feira, 22 de março de 2016

Manifesto de artistas em defesa do estado democrático de direito no país


O manifesto, em defesa do estado democrático de direito no país, se diz "contra as perseguições e boicotes à liberdade de expressão e seus possíveis impactos na livre circulação das ideias"

Chico Buarque, Milton Hatoum, Bernardo Carvalho, Marcelo Rubens Paiva, Raduan Nassar, Antonio Candido, Gregório Duvivier, Fernando Morais, escritores, editores, livreiros, ilustradores, professores da área de humanidades, revisores e tradutores, num total de 1.251 profissionais, assinaram um manifesto divulgado nesta segunda-feira (21) "contra as ameaças à democracia e às liberdades individuais".

O manifesto, em defesa do estado democrático de direito no Brasil, se diz contrário também às "listas negras" e "contra as perseguições e boicotes à liberdade de expressão e seus possíveis impactos na livre circulação das ideias". Critica ainda o que chama de "tomada de partido por setores do Poder Judiciário".

O texto foi publicado no site de organização de campanhas Avaaz. As assinaturas foram colhidas em grupo de Facebook chamado Escritores e Profissionais do Livro pela Democracia, criado no último Sábado (19).

A iniciativa veio na esteira da polarização do debate político, por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato, envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa era que o número atingisse cerca de 2.000 assinaturas, segundo um dos organizadores, o livreiro Daniel Louzada, da tradicional livraria carioca Leonardo Da Vinci.

"O manifesto contempla um amplo espectro de apoios. A unidade está em torno dos valores democráticos, da preservação do estado de direito no Brasil e da preservação dos direitos fundamentais garantidos na Constituição, ameaçados por posturas crescentemente autoritárias e intolerantes. Em contextos como esses, sabemos, a cultura e o livro são as primeiras vítimas", disse Louzada.

O texto diz que não é possível "imaginar a livre circulação de ideias em outra ordem que não seja a da diversidade democrática, gozada de forma crescente nas últimas décadas pela sociedade brasileira, que é cada vez mais leitora e tem cada vez mais acesso à educação".

"Ainda podemos nos recordar facilmente dos tempos obscuros da censura às ideias e aos livros nos 21 anos do regime ditatorial iniciado em 1964", continua o manifesto.

Conforme o documento, a "necessária investigação de toda denúncia de corrupção, envolvendo a quem quer que seja, deve obedecer às premissas da legalidade e do Estado democrático de direito". "O retrocesso e a perda dos valores democráticos não interessam à maioria do povo brasileiro, no qual nos incluímos como profissionais dedicados aos livros e à leitura."

O manifesto fala ainda de "violação dos direitos à privacidade, à livre manifestação e à defesa, combinadas à agressividade e intolerância de alguns, e à indesejada tomada de partido por setores do Poder Judiciário".

O texto convoca manifestações de "resistência" em espaços públicos. "Dizemos não a qualquer tentativa de golpe e, mais forte ainda, dizemos sim à Democracia."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2 Comentários:

BLOG DO IVANOVITCH 2 disse...

#LulaPatrimonioNacional

Unknown disse...

A
Verdade é uma só: a direita ainda não digeriu a quarta derrota consecutiva para o Pt.

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