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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mais uma mentira que cai: Em acareação, Youssef não reconhece ex-assessor de Palocci



O ex-assessor da Casa Civil Charles Capella de Abreu, apontado em delação premiada como responsável pelo recebimento de R$ 2 milhões em propina para a campanha de Dilma Rousseff (PT), em 2010, negou ontem à Polícia Federal participação no suposto esquema e disse não ter tido vínculo direto com o ex-ministro Antonio Palocci durante a campanha presidencial.

Três delatores da Lava Jato - o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Baiano - disseram ter havido pagamento de propina do esquema montado na estatal para a campanha de Dilma, a pedido de Palocci - todos com versões divergentes.

Baiano diz ter participado de uma reunião em meados de 2010, em um comitê da campanha de Dilma, com Palocci e Costa. Nesse encontro teriam sido pedidos valores para a disputa presidencial e a indicação de Charles como assessor para cuidar do recebimento de R$ 2 milhões. Em uma hora de depoimento, o ex-assessor negou ter existido essa reunião em Brasília.

Acareações.

 Charles foi ouvido pelo delegado Luciano Flores, da equipe da Lava Jato, em Curitiba. Após a oitiva, o ex-assessor passou por duas acareações. Pela manhã foi colocado frente a frente com Youssef e, no início da tarde, com Baiano.

Cara a cara com o doleiro, Charles não foi reconhecido. "Não é", disse Youssef. O delator disse que, pela foto mostrada pela PF, anteriormente, o rosto era parecido com o do homem para quem diz ter entregue, a pedido de Costa, R$ 2 milhões, em dinheiro, em um hotel de luxo em São Paulo, em 2010.

Baiano havia dito que Palocci cobrou o repasse de Costa - que buscava apoio do PT para permanecer na Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, caso Dilma fosse eleita. Costa nega o pedido direto de Palocci a ele. Diz que foi Youssef quem solicitou esse valor de R$ 2 milhões, em nome do ex-ministro, e que a quantia foi autorizada.

Baiano, diante de Charles, disse não ter 100% de certeza para confirmar que o ex-assessor foi a pessoa que participou do encontro em Brasília, em 2010. Mas confirmou que o nome Charles foi o indicado por Palocci para receber os R$ 2 milhões

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