A Fiat da Argentina paralisou sua produção no início desta semana por falta de peças produzidas no Brasil que estão há alguns dias detidos na fronteira, informou o presidente da empresa, Cristiano Ratazzi. Para que o carregamento possa se liberado, é preciso apresentar uma autorização que deixou de ser emitida após a mudança da presidência argentina.
De acordo com Ratazzi, os novos funcionários da Secretaria de Comércio estariam com dificuldades para emitir a documentação porque a equipe anterior não deixou o material necessário para que isso fosse feito. O executivo ainda pontuou que inclusive alguns computadores sumiram.
O documento necessário para que as autoridades alfandegárias liberem a entrada dos caminhões brasileiros no país se chama Declaração Jurada Antecipada de Importações, conhecida como DJAI. Esse sistema de controle da entrada de importados entrou em vigor na Argentina em 2011.
A DJAI só vai ter vigência até o dia 30 de dezembro, pois Estados Unidos, Japão e União Europeia entraram com ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) alegando que a declaração é uma violação às regras dos acordos internacionais. A Argentina tentou manter o procedimento, mas no início de 2015 a OMC rejeitou a apelação do país.
A partir do ano que vem, entrará em vigor na Argentina um novo tipo de autorização para a importação de produtos: o Sistema de Monitoramento de Importação (Simi), de acordo com anúncio feito hoje pelo novo ministro de Desenvolvimento Produtivo, Francisco Cabrera. Em conversa com empresários, ele prometeu um procedimento mais simples, porém que não descuide da proteção à indústria local.Reuters
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