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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Brasil passará a exportar frango orgânico


O Brasil vai exportar pela primeira vez, em outubro, carne de frango orgânico. Serão 25 toneladas enviadas para Hong Kong, na China, pela Korin Agropecuária, primeira empresa brasileira a produzir as aves orgânicas congeladas. Para o diretor-superintendente da companhia, Reginaldo Morikawa, essa é uma "exportação piloto, para início de trabalho". Caso a relação se prolongue, de acordo com o executivo, o mercado brasileiro de produção de grãos livres de modificação genética também será beneficiado.

- A produção de grãos diferenciados depende de um produto que o consuma. E o frango orgânico é consumidor de grãos orgânicos. Por isso, o mercado pode puxar essa cadeia de produção - afirmou Morikawa, durante reunião do Conselho Empresarial de Franchising da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta segunda-feira.


Morikawa ressaltou que, além da linha de 130 produtos naturais sustentáveis e orgânicos, a empresa pretende lançar 45 novos itens. Ele evitou falar sobre prazos, mas informou que o lançamento da carne bovina orgânica ocorrerá em outubro. Outra novidade, sem data para chegar ao mercado, é o pescado orgânico.

- Essa é nossa próxima meta. Esperamos que a empresa consiga aumentar sua capacidade produtiva para podermos melhor atender nossos clientes - destacou.

O diretor-superintendente da Korin falou ainda sobre os planos de expansão da marca paulista na capital fluminense. Segundo ele, a meta é chegar a ter "10 lojas no Rio de Janeiro". Hoje são duas: uma na Tijuca, na Zona Norte da cidade; e outra em Copacabana, na Zona Sul.

Na ocasião, Morikawa e a diretora da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner, foram provocados pelo presidente da ACRio, Paulo Protasio. Eles concordaram em unir esforços para mobilizar a sociedade sobre a importância dos solos como parte fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles em todo o mundo.

- Precisamos de uma grande ação construída em forma de redes sobre a relação rural e urbano. Outra proposta importante é transformarmos o Ano Internacional do Solo em algo conclusivo - disse Protasio.

O diretor-superintendente da Korin comemorou o convite e disse que "incentivar o trabalho de geração de respeito ao solo é motivador". Ele lembrou que os solos sustentam não apenas a produção agropecuária, mas também as cidades e empreendimentos industriais como a mineração.

Ministério da Agricultura institui novas regras para trânsito de suínos no país

Foram estabelecidas novas normas para trânsito nacional de suínos, seus produtos, subprodutos e material genético com destino ao Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins e aos municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, ambos no Amazonas. As medidas foram divulgadas nesta segunda-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e fazem parte das ações de prevenção à Peste Suína Clássica (PSC) no território brasileiro.

De acordo com o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério, não é permitida a entrada de carnes frescas com ou sem osso, de linguiças frescais, de produtos enformados (hambúrguer, almôndega e outros), de produtos de curta ou média cura (salame, copa e outros) e de miúdos in natura e salgados (língua, fígado, rins, coração, pulmão, pés e outros) e gorduras nessas unidades da Federação e regiões.

A entrada dos demais produtos e subprodutos de origem suína nas unidades da Federação e regiões relacionadas só será permitida desde que estejam acompanhados de documento de Certificado de Inspeção Sanitária modelo "E" (CIS-E), Documento de Transporte de Resíduos Animais, Guia de Trânsito de Produtos (GT) ou eventual documento que venham a substituí-los e que sejam elaborados em estabelecimentos sob fiscalização veterinária oficial ou que integrem o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA).

Os demais produtos também devem ser processados para garantir a destruição do vírus da PSC, de acordo com um dos tratamentos reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e publicados em seu Código Zoossanitário para os Animais Terrestres. Segundo o DSA, o tratamento e as precauções tomadas para evitar o contato com possíveis fontes do vírus da PSC deverão ser declarados pelo emitente no documento de transporte de produtos e subprodutos de origem suína.
A entrada de material biológico ou agente infeccioso de origem suína nessas unidades da Federação e regiões, com a finalidade de pesquisa ou diagnóstico, ficará condicionada à autorização prévia do Ministério, exceto quando encaminhado pelo Serviço Veterinário Oficial.

As normas não são válidas para o trânsito de suínos, seus produtos, subprodutos e material genético com destino a essas unidades da Federação e regiões quando procedentes dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Em maio deste ano, a ministra Kátia Abreu participou, em Paris, da 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, que reconheceu Santa Catarina e Rio Grande do Sul como áreas livres de peste suína clássica. Os dois estados respondem por 68% das exportações do produto. A mesma condição está sendo solicitada para os principais estados produtores de suínos. Informações da Agência Reuters de notícias

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