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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Impeachment sem achar provas concretas contra Dilma, é golpe, diz The New York Times


Editorial do jornal norte-americano “The New York Times” divulgado nesta segunda-feira (17) afirma que forçar a saída da presidente Dilma do cargo sem “evidência concreta de malfeito, traria sérios danos para a democracia” brasileira. De acordo com o jornal , não há benefício em troca da mudança e também não há nada que indique que outro político (Talvez esteja falando de Aécio, que quer a faixa da presidente)  faria trabalho melhor na economia.

O texto, intitulado “Turbulência crescente do Brasil” (Brazil’s rising turbulence), foi divulgado no site do jornal  e publicado na edição impressa da publicação nesta terça-feira (17).

O editorial destaca que, até agora, as investigações referentes à Operação Lava Jato não encontraram evidências de ação ilícita  contra a presidente Dilma. Além disso, aponta que, mesmo ela sendo responsável pelas políticas  isso não significa crime de responsabilidade.

“Forçar a saída da senhora Rousseff do cargo sem qualquer evidência concreta de malfeito ou corrupção traria sério prejuízo para uma democracia que tem ganhado força ao longo de 30 anos, sem nenhum benefício em troca. E não há nada que indique que alguém faria trabalho melhor na economia”, afirma o The New York Times.

O The New York times também  afirma que, apesar de as investigações criarem problemas políticos e terem à tona trazido dúvidas referentes aos sete anos em que Dilma comandou a Petrobras, a presidente "admiravelmente não fez esforços para constranger ou influenciar as investigações". A publicação destaca, ainda, que ela indicou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para novo mandato.

'Firmeza nas instituições'

O texto termina afirmando que os brasileiros estão vivendo momentos difíceis e frustrantes, e que "as coisas devem piorar antes de melhorar". "A senhora Rousseff também tem mais problemas e críticas pela frente. Mas a solução não deve ser minar as instituições democráticas que são, no fim das contas, o que garante estabilidade, credibilidade e um governo honesto", conclui o editorial.

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