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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Governo anuncia investimentos de R$ 186 bilhões em energia



Com o intuito de dar celeridade aos projetos de ampliação de geração e de transmissão de energia no país, o Governo Federal lançou hoje o Programa de Investimento em Energia Elétrica (Piee), que prevê a aplicação de R$ 186 bilhões entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. Do total, R$116 bilhões serão investidos em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão.

Ao ampliar a oferta de energia, o governo busca ampliar a competitividade do setor, de forma a reduzir o custo da energia no país. Com os novos projetos de geração de energia a serem contratados, serão investidos R$ 42 bilhões até 2018, e outros R$ 74 bilhões após 2018. Essas obras vão aumentar entre 25 mil MW e 31,5 mil MW a energia fornecida ao sistema.

Serão leiloados 37,6 mil km de linhas de transmissão, a um custo previsto de R$ 70 bilhões. Deste total, R$ 39 bilhões serão executados até 2018, e R$ 31 bilhões a partir de 2018.

Entre as obras planejadas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, destacou a construção das hidrelétricas de Tapajós e Jatobá, ambas no Rio Tapajós.


- Nosso objetivo é fazer esses leilões até o final deste ano - disse.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, entre 2001 e 2014 a geração elétrica cresceu 67%, passando de 80 mil MW para 134 mil MW. Em 2014, foram agregados mais 7,5 mil MW ao Sistema Interligado Nacional. Já na transmissão, o crescimento foi 80% no mesmo período, passando de 70 mil km de linhas para cerca de 125 mil, sendo que cerca de 9 mil km foram instalados no ano passado.

A energia eólica tem sido uma das prioridades do governo. Por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) foram feitos financiamentos para 291 parques eólicos entre 2005 e 2014, agregando mais 7,5 mil MW na capacidade instalada do país. Com isso, a expectativa é que em 2023 as usinas eólicas sejam responsáveis por 11,4% da produção elétrica do país - o que representa uma potência instalada de 22,4 mil MW.

Plano mantém consumidor sem liberdade de escolha, diz associação do setor
"O Piee é mais uma ação política na medida em que não traz mudanças na regulação que garantam liberdade de escolha a todos os consumidores, bem como modelos para incentivar a geração distribuída." A avaliação é de Reginaldo Medeiros, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Para ele, o Brasil precisa de uma regulamentação que traga liberdade de escolha ao cidadão que paga conta de luz (consumidor residencial), assim como ocorre nas grandes economias do mundo.
- Dessa forma, haveria maior competitividade no setor, crescimento da oferta e redução de preço ao consumidor final. Também é necessário um modelo que estimule o investimento privado e a criação de um ambiente de negócios mais estável - diz.

Por outro lado, o presidente da Abraceel avalia como positiva a intenção do governo de acelerar as licenças ambientais nos projetos de geração de energia com priorização de matrizes renováveis.

Com informações da Agência Brasil

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