A queda da inflação que o Brasil deve constatar no ano que vem será a maior em quase 20 anos. De 1996 para 1997, o IPCA cedeu de 9,56% para 5,22%, uma diminuição de 4,34 pontos porcentuais. Na ocasião, o Brasil não havia adotado o regime de metas de inflação, a taxa de câmbio ainda era controlada pelo governo e o histórico de inflação - não só de dois, mas de três e quatro dígitos - rondava os mais descrentes de que o governo conseguiria pôr a inflação sob controle nos anos seguintes.
Agora, depois de 19 anos, acredita-se em uma diminuição de 3,59 pontos porcentuais, de 9,04% para 5,45%, de 2015 para 2016, levando-se em conta o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 6.
Magnitude de redução bem próxima a essa (de 3,57 pp) foi vista de 1997 para 1998, quando a inflação passou de 5,22% para 1,65%. O histórico é do IBGE, responsável pela divulgação do indicador. Vale destacar que em 1995 a taxa de inflação acumulada no ano foi de dois dígitos, de 22,41%. No ano anterior, quando foi implantado o Plano Real, o IPCA acumulou alta de três dígitos (916,46%) e, um ano antes, em 1993, de quatro: 2.477,15%. Estadão
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