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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Procuradoria ouve Youssef da Lava Jato sobre campanha do tucano Beto Richa


O doleiro Alberto Youssef,  preso desde março de 2014 pela Operação Lava Jato, foi ouvido na manhã desta quinta-feira, 9, pela Procuradoria Geral da República sobre o esquema de desvios no Paraná que podem ter relação com o governador do Estado, Beto Richa (PSDB).
 
Youssef é ouvido por representante da PGR, em Curitiba, onde está preso. Há duas semanas o doleiro, foi sondado por promotores de Justiça do Estado e por equipes federais para saber se ele poderia colaborar com informações sobre o escândalo de desvios no Paraná.

O Ministério Público investiga a ligação entre fraudes na Receita do Estado, dentro da Operação Publicano, e a campanha à reeleição do governador Beto Richa em 2014. Auditor fiscal suspeito de integrar o esquema que atuava no fisco paranaense, Luiz Antônio de Souza afirmou em delação premiada que ele e seus colegas arrecadaram até R$ 2 milhões para a reeleição do tucano no ano passado, via caixa 2.

Segundo o delator, os auditores que atuavam na Receita de Londrina, cidade do norte do Paraná, reduziam ou anulavam as dívidas tributárias de empresas em troca das contribuições. Ainda segundo o depoimento de Souza, um ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita coordenava o esquema sob as ordens do empresário Luiz Abi Antoun, primo de Richa e figura influente na gestão tucana.

Abi Antou foi preso na segunda fase da Operação Publicano.

No mês passado, o ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), havia negado pedido do governador para levar à Corte Superior um caso em tramitação na Justiça Federal em Londrina-PR e que supostamente pode envolver o tucano.

A defesa de Richa pediu suspensão das investigações na Justiça do Paraná, argumentando que o caso seria de competência do STJ, instância na qual governadores têm prerrogativa de foro, de acordo com a Constituição Federal.

O caso Publicano corre na 3ª Vara Criminal de Londrina, com investigações iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual do Paraná.
A Folha de São Paulo, esqueceu de publicar a notícia. Só o Estadão deu

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