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terça-feira, 19 de maio de 2015

Tucano usa verba de gabinete para fazer jornal com críticas a Haddad


A eleição ainda está longe, mas o  a sujeira do vale tudo do PSDB, já começou.

Material é distribuído pelo vereador Andrea Matarazzo, pré-candidato do PSDB à prefeitura em 2016. Tudo pago com dinheiro publico

Em sua capa, publicação batizada como 'Nova cidade' diz que São Paulo está 'abandonada' e 'precisa de um prefeito'

Um dos pré-candidatos do PSDB à prefeitura de São Paulo em 2016, o vereador Andrea Matarazzo utilizou verba de seu gabinete na Câmara Municipal para produzir material impresso com críticas à gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

O jornal "Nova Cidade", distribuído na capital, ressalta que São Paulo está "abandonada" e que, nos últimos dois anos, a qualidade de vida na cidade "piorou muito" graças a uma "gestão ineficiente e sem noção de prioridades".


"Abandonada, cidade precisa de um prefeito", ressalta a manchete, colocada ao lado de uma foto do tucano.

O material impresso, identificado como uma prestação de contas do mandato do vereador, tem oito páginas.

Nas reportagens, chamadas e títulos, são feitas doze menções a propostas ou realizações do tucano em sua trajetória pública, incluindo repetições.

As críticas à atual administração aparecem em treze ocasiões. A maioria na matéria que ilustra a manchete do material impresso.

"Nesta primeira edição, vamos mostrar como Fernando Haddad deixou de cumprir as metas que foram prometidas na eleição, que resulta no abandono da cidade. Mostramos também projetos que apresentei que são a cara de São Paulo, como o que regulamenta a venda de comida de rua e o Promac", resume o editorial, assinado pelo próprio vereador.

REGULAMENTO

Ao todo, a Câmara garante verba anual de até R$ 239.062,56 para o custeio de serviços gráficos, assinaturas de jornais, materiais de escritórios, entre outros. Média de R$ 19.921,88 por mês.

A Câmara Municipal não disciplina o conteúdo de material gráfico produzido pelos gabinetes dos vereadores.

No entanto, um parecer sobre a publicidade institucional da Câmara, produzido em 2011 pela Procuradoria Legislativa, ressalta que é possível a criação de um jornal para divulgação de atividades institucionais "desde que não haja promoção pessoal de qualquer dos vereadores por meio desse veículo de comunicação".

Segundo a Constituição Federal, a publicidade de órgãos públicos deve ter "caráter educativo, informativo ou de orientação social", não podendo constar conteúdo que caracterize promoção pessoal. Informações da Folha

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