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terça-feira, 19 de maio de 2015

Protesto contra Beto Richa reúne 30 mil pessoas nas ruas de Curitiba


Servidores público, entre eles professores e funcionários de escolas e universidade estaduais em greve desde início de abril, se reúnem em protesto contra propostas apresentadas por governador.

A expectativa dos manifestantes é de que o governo reabra as negociações sobre o reajuste salarial. Na última quarta-feira (14), o governo do Paraná divulgou nota oficial informando reajuste de 5% a ser pago em duas parcelas. Percentual oferecido não correspondeu ao que é reivindicado pela classe dos servidores da educação, de 8,17%.

30 mil servidores estaduais do Paraná fazem, nesta terça-feira (19), um novo protesto contra o governador Beto Richa (PSDB). Dessa vez, a pauta dos manifestantes é por reajuste salarial.

Os participantes protestam  pelo centro de Curitiba, e carregam cartazes perguntando "onde foi parar o dinheiro do Paraná" e pedindo "respeito e atenção" do governador.

Em algumas ruas, motoristas buzinam em apoio aos manifestantes, e pedestres gritam e aplaudem o protesto. Gritos de "fora, Beto Richa" são puxados de tempos em tempos, além de "população, assim não dá, o Beto Richa está quebrando o Paraná".
Na semana passada, o governo, em crise financeira, anunciou que daria apenas 5% de reajuste salarial para os servidores e encerraria as negociações. O índice está abaixo da inflação do período, que fechou em cerca de 8%.

A notícia provocou reação da categoria e dos sindicatos. Foi dada, ainda, em meio a denúncia contra o tucano de que a campanha de reeleição de Richa recebeu parte da propina de dinheiro desviado dos cofres públicos do Paraná e após a insatisfação provocada pela ação policial que deixou quase 200 feridos num massacre contra professores e servidores contra o governador.

Em greve há 22 dias, os professores estaduais se opuseram à proposta. Outros servidores se uniram aos professores e ameaçam greve geral caso o governador tucano não reveja o reajuste.

 Alguns setores do governo tucano chegavam a defender reajuste zero, em função da situação econômica do Estado.

Os sindicatos pedem, no mínimo, a reposição da inflação. "Nós queremos que o governo cumpra a lei; apenas isso", disse o presidente da APP Sindicato, que representa os professores, Hermes Leão.

Os manifestantes marcham rumo ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Até as 11h30 desta terça, não havia registro de tumultos ou violência.

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