Auditores fiscais sob investigação fizeram doação eleitoral a Richa
Campanhas do governador tucano do PR e de aliados receberam R$ 1 mi de servidores; todos negam ilegalidade
Na mira do Ministério Público após a descoberta de um esquema de corrupção e pagamento de propina na Receita estadual, auditores fiscais do Paraná doaram à campanha do governador Beto Richa (PSDB) e a outros 25 aliados quase R$ 1 milhão no ano passado, de acordo com levantamento da Folha.
Contribuíram para o caixa eleitoral 291 dos 933 auditores do Estado, com doações individuais. Desses, 219 foram promovidos pouco antes da campanha, em maio. A maioria foi elevada ao teto da categoria, com salários de aproximadamente R$ 30 mil.
O decreto que estabeleceu a promoção também é investigado pela Promotoria. Uma denúncia anônima sustenta que a mulher de Richa, Fernanda, teria condicionado as promoções às doações.
A Promotoria, porém, coloca parte delas em xeque, pois vieram de auditores de Londrina investigados sob suspeita de cobrar propina para reduzir ou até mesmo anular dívidas tributárias. Quinze já foram denunciados –todos fizeram doações, que somam R$ 41 mil, às campanhas.
Um dos fiscais mencionou, em colaboração com a Justiça, que a campanha de Richa recebeu R$ 2 milhões de propina da Receita, em caixa dois, no ano passado.Há suspeitas de que o mesmo esquema se replique em outras cidades do Paraná, e que as doações oficiais sejam uma forma de distribuir a propina, tal como aconteceu em obras da Petrobras.
Em Curitiba, outra operação já foi deflagrada em maio para combater o mesmo esquema. Um auditor foi preso.As doações dos auditores estão espalhadas pelo Estado, segundo as delegacias regionais em que atuam. Richa e aliados receberam 95% das contribuições da categoria. Dos 36 políticos beneficiados, 26 são da base do tucano.
A campanha dele arrecadou R$ 290 mil. Seu ex-secretário da Fazenda e ex-chefe dos auditores Luiz Carlos Hauly (PSDB), –eleito deputado federal– recebeu R$ 80 mil de 39 servidores.
Entre os que mais receberam estão o ex-subchefe da Casa Civil (R$ 107 mil), o líder do governo na Assembleia (R$ 40 mil) e o presidente do PSDB do Paraná (R$ 44 mil).Do total de doações, pouco mais de um terço foi feita em dinheiro vivo –R$ 390 mil.
Chama a atenção a repetição dos valores doados: 70 auditores fizeram uma doação exata de R$ 3.600; a maioria para o ex-secretário Hauly, outros para o deputado Marcio Pauliki, do oposicionista PDT.
Outros 20 doaram exatos R$ 4.800, nesse caso para políticos mais próximos de Richa –Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), atual líder do governo, e Valdir Rossoni (PSDB), deputado federal e presidente do partido.
Em Londrina, epicentro das investigações, o volume arrecadado para os políticos locais chega a R$ 170 mil (incluindo o ex-secretário Hauly, que também é da cidade).
Na região oeste, a candidata preferida dos auditores foi a mulher do prefeito de Foz do Iguaçu, Claudia Pereira (PSB), eleita deputada estadual. Ela arrecadou R$ 76 mil.
Aos adversários de Richa, foram destinados R$ 78 mil. Só um auditor doou (R$ 5.750) a Roberto Requião (PMDB), que disputou o governo. As informações são da Folha de São Paulo
2 Comentários:
ISSO É O PSDB?sta !!!
Assusta-me o silencio dos intelectuais, jornalistas, renomados escritores e artistas por não se pronunciarem diante de um congresso de achacadores e o aparecimento de pessoas que a Priore se colocavam no campo dos democratas e de repente se emergem aos montes revelando uma face que parecia ter morrido junto com Hitler. Não estou falando de Merval, Reinaldo Azevedo e companhia, afinal estes já são lixo e escória ha muito sabido, de modo que não me impressiona e nem me surpreende suas escolhas. O que me impressiona é uma imprensa uníssona no combate a um partido político que na pior das hipóteses seria corrupto tanto quanto aos demais partidos, mas mesmo neste quesito onde se concentra sua desconstrução é absolutamente falso, afinal até nos casos comprovados e julgados pela justiça por praticas ilícita de políticos facilmente averiguada oficialmente, o PT está muito longe de ser o mais corrupto. A acusação de ter aparelhado as estruturas do Estado é outra mentira descarada, pois é vítima dela, justamente por abri mão de práticas do passado desta oposição quando governaram, e por conta disso convivemos praticamente com um governo paralelo, onde órgãos de controle do Estado tentam parar o país sem elementos que evidenciam mal conduta apenas para constranger o governo em favor da oposição, mostrando que em vez de investigar e passar o país alimpo fazem política partidária. Fico pensado o que os motivam a promover isso, todas as indagações só levam a uma resposta, não gostam e não querem o protagonismo do povo brasileiro. Se formos comparar o país de hoje e o de 2002, fazendo um paralelo sobre alguns temas que sempre foi notícia na mídia: O preço da gasolina, FMI, fome, Dívida externa, Moradia, ensino superior e técnico, consumo, emprego e aumento da renda das famílias, não vou dizer qual a realidade destes temas hoje e no passado, pois já estou cansado de sabe-los e vocês também. A pergunta então é o que os incomodam? Estão a resposta mais adequada é: Querem voltar ao passado, afinal alguém estava se dando muito bem, só que as custas do povo. Neste cenário será muito difícil a oposição ganhar eleições no campo democrático, afinal o povo ficou muito feliz em se livrar desta carga indigesta.
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