Uma declaração dada na manhã de sexta-feira pelo líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), provocou mal-estar na cúpula do PSDB a respeito do momento certo para a apresentação de um pedido de impeachment da presidente Dilma À noite, o deputado precisou retificar seu posicionamento.
Após reunião pela manhã com a bancada do partido na Câmara, Sampaio disse: 'Se depender da bancada do PSDB, protocolamos este pedido entre terça e quarta-feira'. A declaração repercutiu mal no comando do partido, que ainda aguarda a avaliação de juristas para se posicionar oficialmente sobre o assunto. O presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), telefonou para Sampaio e exigiu dele um esclarecimento.
À noite, o deputado relativizou a declaração. 'Talvez tenha me expressado mal. Vou na terça pela manhã tomar um café com o Aécio para levar a posição da bancada, para ouvi-lo. Ouvi-lo mesmo, porque a decisão tem que ser conjunta.
Não faria sentido eu falar: 'Eu vou na terça ouvir o Aécio' e na quarta eu entro (com o pedido se houver concordância do partido)', disse o líder. 'Vou levar a posi- ção da bancada. Para a bancada, não tem mais o que aguardar. Já temos os elementos e daí vamos decidir conjuntamente.' O encontro com a bancada era para discutir a infraestrutura do País, mas o impeachment acabou sendo o tema dominante. Na entrevista, Sampaio afirmou que os deputados tucanos consideram possível pedir o impeachment por crime de responsabilidade com base nas chamadas pedaladas fiscais e por suposta omissão da petista no esquema de corrupção da Petrobras.
Aécio e parte da bancada no Senado, por sua vez, têm adotado um tom mais cauteloso ao tratar o assunto. O presidente do PSDB, candidato derrotado na corrida pelo Planalto, diz aguardar análise de juristas para que o partido tome uma posição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse há uma semana que pedir o impedimento da presidente neste momento é 'precipitação'.
Sampaio discorda, conforme relatou logo após o encontro com deputados. 'A decisão (da bancada) foi tomada, o impeachment é cabível e não precisamos aguardar mais nenhum parecer', disse pela manhã. 'Respeitamos a posição do ex-presidente Fernando Henrique e dos senadores que discordam, mas a Casa que decide é a Câmara. A bancada tem clareza de que o momento enseja o impeachment', afirmou o líder tucano, segundo quem '95% da bancada' apoia essa posição.
Um dos principais aliados de Aécio, o deputado Marcus Pestana (MG) saiu em defesa de Sampaio. 'Não há discordância.
Nem Fernando Henrique Cardoso, nem José Serra. Está todo mundo escandalizado com o descalabro. O que há é muito em cima das evidências jurídicas. Só que o Carlão (Sampaio) nos últimos dias avançou. Nas últimas eleições presidenciais, o candidato tucano, Aécio Neves, patinou o tempo todo entre 10 e 15% nas... Continue lendo aqui
Após reunião pela manhã com a bancada do partido na Câmara, Sampaio disse: 'Se depender da bancada do PSDB, protocolamos este pedido entre terça e quarta-feira'. A declaração repercutiu mal no comando do partido, que ainda aguarda a avaliação de juristas para se posicionar oficialmente sobre o assunto. O presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), telefonou para Sampaio e exigiu dele um esclarecimento.
À noite, o deputado relativizou a declaração. 'Talvez tenha me expressado mal. Vou na terça pela manhã tomar um café com o Aécio para levar a posição da bancada, para ouvi-lo. Ouvi-lo mesmo, porque a decisão tem que ser conjunta.
Não faria sentido eu falar: 'Eu vou na terça ouvir o Aécio' e na quarta eu entro (com o pedido se houver concordância do partido)', disse o líder. 'Vou levar a posi- ção da bancada. Para a bancada, não tem mais o que aguardar. Já temos os elementos e daí vamos decidir conjuntamente.' O encontro com a bancada era para discutir a infraestrutura do País, mas o impeachment acabou sendo o tema dominante. Na entrevista, Sampaio afirmou que os deputados tucanos consideram possível pedir o impeachment por crime de responsabilidade com base nas chamadas pedaladas fiscais e por suposta omissão da petista no esquema de corrupção da Petrobras.
Aécio e parte da bancada no Senado, por sua vez, têm adotado um tom mais cauteloso ao tratar o assunto. O presidente do PSDB, candidato derrotado na corrida pelo Planalto, diz aguardar análise de juristas para que o partido tome uma posição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse há uma semana que pedir o impedimento da presidente neste momento é 'precipitação'.
Sampaio discorda, conforme relatou logo após o encontro com deputados. 'A decisão (da bancada) foi tomada, o impeachment é cabível e não precisamos aguardar mais nenhum parecer', disse pela manhã. 'Respeitamos a posição do ex-presidente Fernando Henrique e dos senadores que discordam, mas a Casa que decide é a Câmara. A bancada tem clareza de que o momento enseja o impeachment', afirmou o líder tucano, segundo quem '95% da bancada' apoia essa posição.
Um dos principais aliados de Aécio, o deputado Marcus Pestana (MG) saiu em defesa de Sampaio. 'Não há discordância.
Nem Fernando Henrique Cardoso, nem José Serra. Está todo mundo escandalizado com o descalabro. O que há é muito em cima das evidências jurídicas. Só que o Carlão (Sampaio) nos últimos dias avançou. Nas últimas eleições presidenciais, o candidato tucano, Aécio Neves, patinou o tempo todo entre 10 e 15% nas... Continue lendo aqui
2 Comentários:
Patéticos. A udn pelo menos era mais consistente. Espero que esses golpistas de araque tenham o mesmo destino do seu alterego.
Esse mané é o verdadeiro psicopata do golpe.
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