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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Réu do mensalão tucano, Eduardo Azeredo PSDB diz que vai se aposentar



Passado um ano da renúncia ao mandato de deputado federal, o tucano Eduardo Azeredo, réu no processo do mensalão tucano, participa da vida partidária mas perdeu o poder de decisão no PSDB. Ele afirma que irá se aposentar da vida política. "Estou com 66 anos e fui governador, fui senador. Eu fiz minha parte.


Como ex-governador de Minas, Azeredo tem direito ao salário integral do cargo, atualmente de R$ 10,5 mil. Além de senador e deputado federal, o tucano foi prefeito de Belo Horizonte - elegeu-se vice-prefeito e assumiu quando o titular, Pimenta da Veiga, renunciou ao cargo.
O processo contra Azeredo, que agora tramita na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Minas Gerais, está parado. Falta apenas a sentença, que será proferida pela juíza Neide da Silva Martins. No entanto, de acordo com a assessoria do fórum, não há prazo para a magistrada tomar sua decisão.

Em 19 de fevereiro de 2014, Azeredo desistiu do mandato na Câmara. A renúncia ocorreu pouco depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendar sua condenação a 22 anos de prisão. Com isso, o caso saiu do Supremo Tribunal Federal (STF) - onde tramitam casos contra autoridades com foro privilegiado - e foi transferido para a primeira instância da Justiça.

Ao apresentar suas alegações finais na ação que tramitava no Supremo, Rodrigo Janot pediu a condenação do tucano pelas acusações de peculato e lavagem de dinheiro. Segundo Janot, Azeredo atuou como "um maestro" do esquema do mensalão do PSDB, que consistiu, segundo a acusação, em desviar recursos de estatais mineiras para financiar a campanha eleitoral do tucano em 1998, quando ele disputou sem sucesso a reeleição ao governo de Minas Gerais.

Partido

Desde que renunciou, Azeredo raramente faz aparições públicas. Participa de reuniões do PSDB, mas não toma decisões. "Ele é uma pessoa muito querida e muito experiente, mas não tem nenhuma função formal. Às vezes participa de conversas informais, sempre ajuda, vai a Brasília conversar com a gente, mas se afastou da vida partidária direta", conta o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana.

Azeredo também diz que manterá a militância partidária, mas garante ter desistido da vida pública. "Não penso em disputar mais eleição. (Mas) sou fundador do partido e continuo participando das atividades. Esta semana (semana passada) participei de jantar com a bancada federal."

O tucano afirma ter interesse em uma decisão no processo judicial, e diz não se considerar beneficiado com a demora na sentença. "Tenho convicção, como aqueles que me conhecem, na minha absolvição", argumenta.

Como ex-governador de Minas, Azeredo tem direito ao salário integral do cargo, atualmente de R$ 10,5 mil. Além de senador e deputado federal, o tucano foi prefeito de Belo Horizonte - elegeu-se vice-prefeito e assumiu quando o titular, Pimenta da Veiga, renunciou ao cargo.
Valério

O processo contra o tucano é uma das ações do mensalão do PSDB, que também teve o envolvimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Ele cumpre pena em uma presídio em Minas Gerais depois de ter sido condenado pelo STF a mais de 37 anos de prisão no julgamento do mensalão federal.

As demais ações também tramitam na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette. São réus Marcos Valério e oito pessoas, entre as quais o ex-senador Clésio Andrade (PMDB). O processo contra o peemedebista tramitou no Supremo quando ele assumiu vaga no Senado, em janeiro de 2011, e retornou à primeira instância após sua renúncia ao mandato, também em julho passado. Estadão

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