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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Para Dilma, impunidade e engavetamentos tucanos incentivaram e fizeram crescer a corrupção.


Em entrevista na manhã desta sexta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff falou:
“Quem cometeu malfeitos, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. (...) Porque você veja, a gente olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais: se em 96, 97 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos um caso desses, um funcionário da Petrobras que ficou, durante mais de dez anos, mais de vinte, quase vinte anos, praticando atos de corrupção
(...)
A impunidade – isso eu disse durante toda minha campanha – ela leva água para o moinho da corrupção então, hoje eu acho que um passo foi dado no Brasil. E é esse passo que nós temos que olhar e valorizar
(...)
[Hoje] Não tem ‘engavetador’ da República. Não tem controle sobre a Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que junto do Ministério Público e junto com a justiça, todos os órgão do Judiciário, está havendo no Brasil um processo de investigação como nunca foi feito antes. Não que antes não existia [corrupção]. É que antes não tinha sido investigado e descoberto, porque quando você investiga e descobre a raiz das questões, surge, e quando surge a raiz das questões você impede que aquilo se repita e que seja continuado.
(...)
Quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras, que vão ter de pagar por isso. (…) As empresas, os donos das empresas ou os acionistas das empresas vão ser investigados. Porque a empresa não é um ente que esteja desvinculado dos seus acionistas. Nós iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil. Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer”, declarou.

4 Comentários:

brasilpensador.blogspot.com disse...

isso é a pura verdade A justiça brasileira como promotores de justiças todos sao culpados por sertem conivente ou lenientes com as corrupçao do PSDB DEM PPS, PMDB, POIS nao puniu apesar de haver provas suficientes contra todos os envolvidos principalmente do PSDB.

Ricardo disse...

Há um erro quando Dilma diz "nós não nomeamos pessoas políticas", pois todas as pessoas têm posição política, então, o que ela fez foi não nomear pessoas alinhadas com a posição política do governo, por ela liderado e eleito pelo povo, mas, por excesso de republicanismo, por confiar demais no caráter pessoal dos membros do judiciário acabou nomeando anti-governistas e oposicionistas para cargos importantes, como Fux, do STF, que dias atrás, engavetou as denúncias do trensalão tucano contra José Aníbal e o demo Rodrigo Garcia, e nomeou Barroso, também para o STF, que acabou de engavetar de vez, ainda esta semana, a Operação Castelo de Areia, que pegava tucanos gordos e de vários outros partidos de oposição. O STF, com a ajuda do PGR, condenou, sem provas, petistas, num julgamento estritamente político, sendo que dos juízes do tribunal, a maioria foi indicada por ela e por Lula. É verdade que no judiciário é difícil encontrar alguém que não seja elitista e, portanto, oposicionista. Mas é ingenuidade achar que nomeando pessoas sem levantar suas posições políticas e ideológicas e seu compromisso com a honestidade, com o País e com a Constituição, se estará colocando pessoas independentes.

MARCOS F.L. disse...

FHsBC esquece que na sua gestão a Petrobrás adquiriu refinaria no exterior pois já estava essa política no planejamento estratégico de 4 anos da empresa.

josé lopes disse...

Ministro Jorge Hage
- A corrupção é uma praga. Como acabar com ela?
- Acabar com a corrupção não deve ser o objetivo de nenhum governo, de nenhum homem público - que tenha os pés no chão - que seja realista e também ingênuo. No mundo inteiro, nenhum país conseguiu acabar com a corrupção, pelo contrário! Nós vemos, a todo momento, explodirem casos de corrupção nos países considerados de primeiro mundo, como, por exemplo, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, enfim, em toda parte. Ela não tem bandeiras, continentes, ninguém está livre dela.

- O que é importante?
- Lutar contra ela, ter uma luta sistemática e persistente, sem desfalecimentos nem desânimos, e com muito realismo, sabendo que não é no dia seguinte que vamos estar livres disso. Trata-se de um processo gradual de aprimoramento das instituições, pelo qual se consegue acelerar mais ou menos esse processo, conforme a vontade política, os recursos destinados a isso e conforme a coragem para enfrentar os problemas.

- Por exemplo?
- Eu tenho muita clareza de que um dos principais antídotos, ou se você quiser, vacinas contra a corrupção, é a transparência. Quanto mais transparência você der a tudo que se passa dentro da administração, a começar pelo uso do dinheiro público, menos você está sujeito a ver casos de corrupção acontecer. Só que, no início, quanto mais você der transparência, mais verá a corrupção, mais a população vai tomar conhecimento dela. Então, costumo dizer que nos primeiros momentos, uma política de incremento da transparência pode apresentar efeitos ou resultados aparentemente perversos. Elas podem criar a impressão de que a corrupção está aumentando, quando, na verdade, está aumentando a visibilidade dela. Tudo que estava debaixo do tapete, vem à superfície. Todo esgoto que estava embaixo do ralo, sobe para a superfície e o mau cheiro pode ser extremamente desagradável.

- O que está faltando mais para resolver esse problema?
- É preciso uma decisão política muito consciente e uma decisão de pagar o preço político por isso, e foi esse preço político que o governo resolveu pagar, na medida em que estruturou um órgão como a Controladoria e nos colocou aqui. A partir daí, a nossa caminhada foi sempre na linha de aumentar a transparência, ampliar a investigação e, portanto, também ampliar a resolução dos problemas. Sozinho não, de forma nenhuma, mas sim, trabalhando junto com a Polícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas, COAF e imprensa.

- Onde entra a imprensa?
- A imprensa é parceira fundamental nessa tarefa, não se combate a corrupção sem o papel fundamental dela.
Entrevista do ex-Ministro Jorge Hage da CGU (Controladoria Geral da União)
Com exceção de parte da nossa mídia tendenciosa eu apoio o ministro.

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