A senadora goiana anunciou sua desfiliação do PSDB. Em duro discurso no plenário, nervosa e magoada ela disse o motivo: foi maltratada pela "cúpula" do PSDB. Foi a forma velada de não citar o nome de Aécio Neves.
O alvo era tão claro que a TV Senado focou mais de uma vez a reação de Aécio durante o discurso da colega. Uma hora o tucano estava alisando a própria gravata, demonstrando descontentamento, até levantar a cabeça e olhar com aquele jeito esquisito.
Segundo ela, primeiro a "cúpula" do partido a preteriu (em favor de um homem), na sua postulação de ocupar a vaga oferecida na mesa do Senado. Depois a maltratou com ofensas, acusando-a de traidora, disse.
A história começou com senador Renan Calheiros (PMDB), reeleito presidente da Casa, oferecendo um lugar na mesa do Senado para Lúcia Vânia representar o PSDB, partido que articulou a candidatura de Luiz Henrique contra Renan.
Aécio vetou o nome de Lúcia Vânia, impondo o nome de Paulo Bauer (PSDB-SC), manifestando dentro do partido e para a imprensa que desconfiava da senadora ter traído o PSDB e votado em Renan.
As penas voaram com os tucanos se bicando, e com Aécio desagregando seu próprio partido.
A senadora disse que tem 30 anos de vida pública séria e nunca traiu o PSDB. Disse que na legislatura passada aceitou a indicação de Renan para o cargo de ouvidora-geral, sendo a primeira mulher a ocupar esta posição, mas afirmou que avisou publicamente a Renan que não poderia votar nele porque o PSDB tinha decidido que a bancada tucana votaria em Luiz Henrique.
O voto é secreto, mas convenhamos que acusar sem provas não é coisa que se faça.
Aécio costuma tratar seus colegas homens com delicadeza, chamando-os de "Vossa excelência". Já com as mulheres que o superam no debate político, tem se comportado com a deselegância de um brucutu.
6 Comentários:
A covardia dos demotucanos não constitui novidade. Lembro que nos anos 90 o Fernando Henrique destratou uma jornalista que lhe fez uma pergunta dura e legítima durante entrevista coletiva. Depois, explicou que "ela perguntou como homem, então recebeu uma resposta como homem". Quer dizer que TODOS os homens que estavam naquela entrevista (lembro pelo menos de Clovis Rossi) e que não foram destratados perguntaram "como mulher". Seja lá o que isto signifique para um tosco como FHC, o fato é que, com raras exceções, os jornalistas homens só fizeram perguntas "bichinhas" para o então presidente. A exceção foi o Pimenta Neves, do Estadão, que enfrentou FHC com pergunta pertinente e incômoda (pra FHC). O tucano, no entanto, foi respeitoso e cuidadoso ao responder ao altivo jornalista do Estadão (que depois caiu em desgraça). Essa é a marca dos demotucanos: truculentos com mulheres e gente simples, e extremamente covardes e reverentes com os altivos ou poderosos.
O que esperar de um sujeito que construiu toda a carreira política à sombra do avô, sem nenhuma conexão com o povo e a sociedade organizada? Aécio Neves é o que é. Um machinho mimado, filhote de uma oligarquia, com práticas que, como todo bom "macho", incluem o cabresto e a intimidação a quem o contraria. O Brasil se livrou de boa.
Iverson Carneiro
O Coronelzinho Aético Falastrão é um interiorano retrógrado que tem o rei na barriga. Quem bate na namorada é capaz desse tipo de atitude.
Aécio fala fino com os homens, grosso com as mulheres e de quatro com os manos.
Mais uma vítima do AECIM E DIGA-SE DE PASSAGEM DO SEU PRÓPRIO PARTIDO, SÓ PORQUE É MULHER.
Eu conheço muitos pontos de vista dessa Senadora aqui em Goiás, embora nunca tenha votado nela, pois sempre fui fiel aos candidatos de esquerda. Ela merecia mais respeito por parte desse fanfarrão.
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