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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Agripino Maia, presidente do DEM é acusado de receber R$ 1 milhão em propina


Um empresário do Rio Grande do Norte admitiu ter pagado propina para aprovar, na Assembleia Legislativa, uma lei sob medida para os seus negócios no Detran estadual. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, George Olímpio contou ter dado dinheiro ao atual presidente da Assembleia, ao ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), já falecido, ao filho da ex-governadora Wilma Faria (PSB), Lauro Maia, e ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM, ex-líder do partido e coordenador-geral da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).A fraude, de acordo com ele, começou com a prestação de serviços de cartório de seu instituto para o Detran do Rio Grande do Norte. Cabia à empresa de George cobrar uma taxa de cada contrato de carro financiado no estado. Segundo ele, de cada R$ 75 cobrados pelo serviço, R$ 15 foram distribuídos como propina a integrantes do governo entre 2008 e 2011.

O empresário contou que, em seguida, comprou o apoio de políticos locais para aprovar uma lei que tornava obrigatória a inspeção veicular no estado, inclusive para carros zero km. Caberia novamente à sua empresa o comando dos serviços, mas o negócio foi barrado pelo Ministério Público por suspeita de fraude. As revelações da Operação Sinal Fechado, na época, levaram à prisão em caráter preventivo o então suplente de Agripino, João Faustino (PSDB-RN), acusado de atuar como lobista do grupo,  como mostrou o Congresso em Foco. (Tucano suplente de Agripino é preso em Natal)

Em entrevista ao Fantástico, George Olímpio afirmou que deu R$ 1 milhão a Agripino após pedido feito pelo senador. O delator afirma que Agripino lhe disse, inicialmente, ter conhecimento de que ele havia destinado R$ 5 milhões para a campanha de Iberê. O empresário contestou a informação e disse que havia repassado R$ 1 milhão ao então governador.

“Ele [Agripino] disse: pois é, e tal, como é que você pode participar da nossa campanha? Eu falei R$ 200 mil. Disse: tenho condições de lhe conseguir esse dinheiro já. Estou lhe dando esses R$ 200 mil, na semana que vem lhe dou R$ 100 mil. Ele disse: ‘pronto, aí vai faltar R$ 700 mil para dar a mesma coisa que você deu para a campanha de Iberê’. Para mim, aquilo foi um aviso bastante claro de que ou você participa ou você perde a inspeção. Uma forma muito sutil, mas uma forma de chantagem. R$ 1,15 milhão foram dados em troca de manter a inspeção”, disse o delator ao Fantástico.

Residência oficial

O empresário contou, ainda, que o esquema de corrupção era negociado na residência oficial da então governadora Wilma de Faria, hoje vice-prefeita de Natal. O negociador, segundo ele, era Lauro Maia, filho de Wilma. “A gente marca o encontro no escritório, exatamente para eu repassar esse dinheiro a ele. Todo mês era feito o encontro de contas”, afirmou o delator.

George disse ter contado com o apoio do atual presidente da Assembleia, o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB), para aprovar a obrigatoriedade da inspeção veicular sem qualquer discussão nas comissões temáticas da Casa. “Eu digo: de quanto é que seria essa ajuda? Aí o Ezequiel me diz: George, uns 500 mil. Eu tenho como pagar 300 mil. Eu dou 150 quando for aprovado e os outros 150 você me divide em três vezes”, contou o delator. Ezequiel foi denunciado semana passado pelo crime de corrupção passiva.

Faturamento bilionário

Em 2011, quando o esquema da inspeção veicular veio à tona com a Operação Sinal Fechado, 34 envolvidos foram denunciados, inclusive o empresário. Mas só no ano passado ele decidiu colaborar com as investigações.

Com essa fraude, o grupo criminoso pretendia faturar R$ 1 bilhão ao longo de 20 anos de exploração de uma concessão pública, segundo o Ministério Público.

“Ele estava se sentindo abandonado pelos comparsas, pelos demais membros da organização criminosa e ele, temendo ser responsabilizado penalmente sozinho, procurou o Ministério Público em troca de colaborar para ter a obtenção de alguma espécie de benefício”, disse a promotora de Justiça Keiviany Silva de Sena. Assim como Lauro Maia, Ezequiel e a família de Iberê negaram qualquer envolvimento com o caso. Do congresso em foco, e foi publicado um notinha no fim da página da Uol

3 Comentários:

Garcia disse...

Admitiu! E dai, não vai acontecer nada mesmo com o Agripino Maia e sabem por quê. Porque os políticos do PT (e de outros partidos de esquerda), outrora combativos hoje são um bando de frouxos acuados pelos tucanos e aliados. Acuados e sem coragem para reagir.

Maia Oswaldo disse...

Helena, sugiro aos ladrões que estão cumprindo pena em presídios brasileiros exigir do JUDICIÁRIO FEDORENTO o mesmo tratamento dispensado à quadrilha bicuda e cúmplices. Helena, o LADRÃO que aparece na foto é aquele mesmo que da Tribuna do Senado adora descer a porrada na Dilma, no Lula e no PT (Partido da Tremedeira), sob os olhares desconfiados dos senadores petistas? O referido LADRÃO é o mesmo que a REDE SONEGADORA e FILHA DA DITADURA utiliza em seus jornais imorais para difamar o GOVERNO FEDERAL, o PT e os bovinos, chegando ao cúmulo de exigir o impeachment da Presidenta Dilma? Helena, se o judiciário fedorento tivesse um togado macho a quadrilha tucana e cúmplices já estariam cumprindo pena em Guantánamo. Aproveito para mandar o seguinte recado à REDE SONEGADORA DE IMPOSTOS: paguem o DARF e vão chorar na Cantareira. Impeachment é MEUZOVO!

Unknown disse...

A vida e a HISTÓRIA da HUMANIDADE ensinaram-me que TODAS as PESSOAS que COBRA ou COBRARAM muita HONESTIDADE das outras, NÃO PRATICAM.

Igual a JOSÉ AGRIPINO senador pelo DEM-RN, cada estado no BRASIL deve ter pelo menos um JOSÉ AGRIPINO ou um DEMÓSTENES TORRES da vida, seja do DEM ou do P$DB.

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