O presidente americano, Barack Obama, vai mirar os mais ricos no seu discurso anual à nação (Estado da União) amanhã, delineando planos para levantar cerca de US$ 320 bilhões na próxima década. Ao mesmo tempo, tentará fazer afagos na classe média, cortando US$ 175 bilhões em impostos no mesmo período.
Obama vai apresentar propostas para captar recursos junto a bancos e famílias ricas, bem como iniciativas para agradar a classe média, como um novo crédito fiscal para famílias em que ambos os cônjuges trabalhem, ampliação dos benefícios fiscais para cuidar de crianças e para o ensino superior, e incentivos para economizar para a aposentadoria.
Famílias com renda anual até US$ 120 mil em que pai e mãe trabalhem, por exemplo, terão direito a um crédito fiscal de US$ 500, o que deve beneficiar 24 milhões de domicílios. Já o crédito fiscal para o ensino superior pode chegar a US$ 2.500. As iniciativas já atraíram críticas dos republicanos.
Com relação à herança, o principal ponto é mudar a taxação de ganhos de capital com títulos, que hoje não estão sujeitos ao Imposto de Renda. O valor de uma carteira de ações deixada para os herdeiros será taxado pelo montante na data do recebimento dos papéis.
Segundo a Casa Branca, com essa iniciativa seria possível arrecadar cerca de US$ 220 bilhões em dez anos, o que afetaria quase que exclusivamente a parcela do 1% mais rico - sobretudo o 0,1% mais rico, que são aqueles com renda anual de mais de US$ 2 milhões.
O presidente também vai propor a elevação da alíquota máxima de impostos sobre ganhos de capital e de dividendos, de 23,8% para 28%, para casais com renda anual superior a US$ 500 mil. Quando Obama assumiu, em 2009, a alíquota era de 15%.
Os cerca de US$ 100 bilhões restantes viriam de uma taxa imposta às instituições financeiras mais alavancadas. A proposta é elevar os custos para atividades de maior risco Empresas com mais de US$ 50 bilhões em ativos seriam taxadas de acordo com o montante de dívida que detêm.
2 Comentários:
Essa matéria precisa ser lida por Dilma e pela equipe econômica. Não queremos e não devemos pagar essa conta salgada que estão nos apresentando.
Zilda, você falou tudo! Desde 1989, com exceção do primeiro turno que votei em Brizola, que voto no PT, Lula e Dilma, e o que recebemos em troca é uma conta a pagar. É muito triste!
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