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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP), são investigados no STF por propina nos trens


Tucano e demo são investigados no caso da propina nos trens em São Paulo. Imprensa esconde


A Polícia Federal concluiu a investigação sobre o cartel de empresas que fraudou licitações de trens em São Paulo entre 1998 e 2008 e acusou 33 pessoas de participação em crimes de corrupção ativa e passiva, formação de cartel, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Entre os indiciados estão ex-servidores, executivos de empresas do setor de trens, lobistas e doleiros.

O relatório encerra o inquérito relativo a suspeitos que não ocupam cargos políticos e por isso não possuem foro privilegiado, como foi informado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" na edição desta quinta-feira (4).

Agora o trabalho da PF será encaminhado ao Ministério Público Federal, que poderá pedir a realização de novas diligências, apresentar denúncia contra os acusados ou pedir à Justiça Federal que o caso seja arquivado.

O inquérito policial foi aberto em 2008 a partir de uma denúncia anônima de um ex-diretor da multinacional alemã Siemens e ganhou impulso em 2013 quando a empresa realizou uma delação premiada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A Siemens contou às autoridades federais que participou de um cartel com empresas do setor de trens e o grupo de companhias fraudou licitações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de 1998 a 2008, em sucessivos governos do PSDB.

Um dos acusados é João Roberto Zaniboni, que foi diretor de Operação e Manutenção da CPTM de 1999 a 2003.

Ele já estava indiciado desde novembro do ano passado sob a acusação de ter mantido o valor de US$ 836 mil (o equivalente a cerca de R$ 2,2 milhões) em conta na Suíça, que seria resultante do pagamento de propinas.

A apuração relativa ao suposto envolvimento de políticos no esquema foi desmembrada do inquérito da PF e está em curso no STF (Supremo Tribunal Federal), em razão da regra do foro privilegiado para ocupantes de cargos políticos.

No STF, são investigados os deputados federais José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP), ex-secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Eles foram citados em delação premiada feita pelo ex-diretor da Siemens, Everton Reinheimer. (Aqui na Folha)


As defesas dos deputados pediram que o STF arquive a apuração sob o argumento de que não há provas suficientes contra os congressistas.

O julgamento do STF sobre o pedido de arquivamento está empatado em dois a dois. A definição caberá ao ministro Luiz Fux, que pediu vista do processo.

Demotucano

Um pedido de vista do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux interrompeu na terça-feira (25/11) o julgamento que vai decidir se os deputados José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia continuarão sendo investigados num inquérito sobre o pagamento de propinas em obras do Metrô durante gestões tucanas em São Paulo.

O inquérito está sendo analisado pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. Em setembro, o relator Marco Aurélio Mello e o ministro Dias Toffoli votaram pelo arquivamento da investigação. Nesta terça, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso foram favoráveis ao prosseguimento da apuração.

A expectativa é que Fux libere o caso para julgamento na semana que vem, quando dará seu voto decisivo sobre o inquérito e decidirá se as investigações devem prosseguir sobre os dois ex-secretários do governo Geraldo Alckmin.

Em setembro, quando votou pelo arquivamento, Mello disse que, após testemunhas serem ouvidas, não ficou comprovado o envolvimento dos deputados no episódio. Os dois eram investigados devido ao depoimento dado em delação premiada por um ex-diretor da Siemens Everton Reinheimer.

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Peguei emprestado um trecho do comentário do Josias de Souza

Pesam-lhes sobre os ombros acusações variadas: corrupção ativa e passiva, formação de cartel, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os crimes foram praticados durante dez anos, de 1998 a 2008. Desviaram-se R$ 834 milhões. E ninguém notou!

Repetindo: a roubalheira atravessou três governos tucanos —Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra— e ninguém percebeu! As fraudes só vieram à luz por conta de um fio de meada puxado numa investigação na Suíça e um acordo de colaboração firmado pela Siemens no Brasil.

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