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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Marina fala em proposta digital, mas seu vice, Beto Albuquerque votou contra o Marco Civil


O programa de governo da presidenciável Marina Silva (PSB) tem  proposta digital "transformar a conexão à Internet em serviço essencial no País (como eletricidade e água)", além de propostas de governo participativo. No entanto, durante o debate Diálogos Conectados, evento realizado na segunda, 22, em São Paulo e promovido pelo movimento Banda Larga É Um Direito Seu, a candidata ressaltou por inúmeras vezes a necessidade da universalização da "banda larga veloz", mas usou exaustivamente comparações com o Código Florestal, meio ambiente e alfabetização e foi evasiva em discussões mais profundas, como acesso fixo, infraestrutura legada e neutralidade de rede.

O debate sobre neutralidade foi um dos pontos sensíveis. Marina foi indagada se o fato de o candidato à vice-presidência, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), ter votado contra o Marco Civil na Câmara seria um problema, e a candidata à presidência se esquivou.
(Veja o o então deputado convocando tuitaço no Twitter conta o Marco Civil, que ele chamou de Marco "Servil") Link aqui

 
Promovendo acesso

A forma com a qual Marina Silva pretende promover o acesso à Internet, no entanto, não está consolidada. "É fundamental que se tenham investimentos adequados para que o nosso País possa prover à nossa sociedade os meios materiais e legais para que, de fato, tenhamos uma verdadeira democracia digital", argumenta, citando ainda parcerias com a iniciativa privada. Quando perguntada se isso seria feito com acesso fixo ou móvel, ela manteve-se distante da discussão: "Queremos que a sociedade tenha acesso. A forma como isso acontecerá é algo que está em debate dentro do nosso programa", declara. Em tempo: a própria proposta de governo da candidata sugere "aproveitar a penetração desses equipamentos de telefonia celular" para democratizar a comunicação com a administração pública.

Os recursos para levar a banda larga a áreas inacessíveis ou de baixo retorno para a iniciativa privada, como Norte e Nordeste, ela diz que viriam de colocar "prioridade e buscar eficiência para que o Brasil volte a crescer, provendo os meios para os compromissos e gerando boa parte dos recursos com o fechamento do dreno da corrupção".

Ela criticou ainda os subsídios do BNDES às empresas de telecomunicações. Mas Marina Silva também não respondeu o que faria com as redes legadas de cobre, que ainda são a maior parte da infraestrutura de acesso no País. "Estamos fazendo debate com nossa equipe de governo", disse, prometendo "manter conquistas já alcançadas". A Telebras não foi citada por ela em nenhum momento do debate.

Marina Silva defende ainda o "compromisso com processos democráticos no Congresso" para promover a necessidade de banda larga.Teletime

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