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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Marina: apagão no tico-teco ou cara-de-pau, para criticar setor elétrico?


Sempre me incomodou muito na personalidade política da Marina Silva, desde que ela começou a aparecer na mídia demotucana, quando ela faz um jeito de sonsa, dissimulada, de quem não tem responsabilidade por nada do que disse e do que fez no passado.

Tem horas que ela fala umas coisas tão sem noção que parece que ela esqueceu de ligar os neurônios tico e teco e não tem consciência do que está falando. Aí a gente pensa que ela está apenas repetindo alguma coisa que assessores prepararam para ela. Tem gente que até deixa pra lá, pensando "tadinha, ela não sabe o que está dizendo".

Mas Marina não é burra. Ninguém chega onde ela chegou se não for esperta no que lhe interessa.

E tem gente que não conhece o que ela disse e fez no passado e acaba aceitando suas críticas sem noção, que ela deveria fazer a si mesma. Foi assim quando ela quis surfar nos protestos anti-Copa, apagando da memória o fato dela ter defendido pouco tempo atrás a capital do Acre, Rio Branco, para ser uma cidade sede. Ela esteve até na CBF para defender a cidade.

Agora, é o caso da entrevista de ontem, quando ela disse o absurdo a seguir, repetindo o blá-blá-blá de colunistas da imprensa demotucana: “É lamentável que tenhamos desde 2002 a ameaça de apagão. Eu digo lamentável porque nós temos há 12 anos a mesma pessoa à frente da política energética do nosso país, inicialmente como ministra (de Minas e Energia), depois como chefe da Casa Civil e agora como presidente da República”.

Ora, se há alguém que botou ordem no setor elétrico foi Dilma. Enfrentamos uma estiagem pior do que a de 2001, e temos um sistema de geração alternativo com termoelétricas e integrando, com linhas de transmissão, as regiões do Brasil que estão no período de chuvas ou com reservatórios cheios.

E se há alguém que atrapalhou investimentos com energia limpa de hidrelétricas foi Marina Silva com um fundamentalismo ambiental completamente anacrônico e incompetente, inclusive do próprio ponto de vista de sustentabilidade. Ela aliou-se a ONGs internacionais e famosos de Hollywood que não entendem nada de Brasil, nem de Amazônia, e nem tem uma visão ambiental com base científica. Tudo isso para perturbar e atrasar a construção da usina de Belo Monte. Também atrasou mais do que deveria as licenças das usinas de Santo Antônio e Jirau, quando era ministra.

Marina foi artífice também de emperrar a construção de hidrelétricas com reservatórios maiores, fazendo lobby para que todas sejam a fio de água. O resultado foi um tiro no pé ambiental. Em vez de haver mais geração com energia mais limpa de fonte hídrica, obriga a ligar termoelétricas por mais tempo durante o ano, o que causa mais impacto ambiental. Além disso ainda eleva o custo da eletricidade.

Resumindo: o que Marina pregou, defendeu, fez pressão e impôs foram as decisões piores tanto para segurança energética, como para atrapalhar termos conta de luz mais barata, como também acabou dando resultados piores ambientalmente. Agora ela tem a cara-de-pau de criticar a Dilma, justo no setor que a própria Marina só atrapalhou. Espero que a cara-de-pau seja de madeira certificada.

Vale a pena ler também o artigo do Paulo Moreira Leite sobre este mesmo assunto.

Em tempo: só para lembrar este vídeo feito por estudantes de engenharia que entendem do assunto, desmentindo as baboseiras faladas por atores da Globo contra Belo Monte:

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