Um
dos principais nomes do Pros, o secretário de Saúde do Ceará, Ciro
Gomes, acusou o próprio partido de chantagear a presidente Dilma para "colocar um corrupto" no Ministério da Integração
Nacional, controlado pela sigla. Ciro fez as declarações,
durante visita ao Hospital Geral de Fortaleza com o ministro da Saúde,
Arthur Chioro.
"Não vou aceitar que alguém coloque faca
no pescoço da presidente Dilma para colocar um corrupto no Ministério
da Integração", disse Ciro. O irmão do governador Cid Gomes (Pros)
ameaçou deixar o partido caso a mudança se concretize: "Não aceito ficar
em um partido que use a chantagem como ferramenta política".
As
afirmações de Ciro foram encaradas como uma resposta ao setor da
bancada de deputados do Pros que articula a substituição do ministro da
Integração Nacional, Francisco Teixeira (Pros).
Teixeira
assumiu o cargo interinamente em fevereiro em substituição ao
ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) e permaneceu no cargo, mas não se opuseram ao desejo da presidente Dilma em
mantê-lo no cargo.
Embaraço
A ação para substituição do
ministro Francisco Teixeira está sendo articulada pelo líder do Pros no
Congresso, deputado federal Givaldo Carimbão (AL), que quer emplacar no
cargo Marcos Fireman, ex-secretário de Infraestrutura de Alagoas no
governo Teotônio Vilela (PSDB).
O nome de Fireman foi
apresentado ao Planalto pelo próprio Carimbão, numa reunião esta semana
com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A reportagem não
conseguiu contato com Carimbão hoje.
Deputados do
partido ameaçam deixar a base aliada e apoiar a candidatura de Eduardo
Campos (PSB) caso o Planalto não atenda o pedido.
Um
possível apoio a Campos criaria uma situação embaraçosa para Ciro e Cid
Gomes, que deixaram o PSB no ano passado por não concordarem com a
candidatura presidencial de Campos e por defenderem a reeleição de
Dilma.
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