Pages

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A jornalista "do PIG" que jantou com Dilma e contou a verdade.

Na noite de terça-feira (6), a presidenta Dilma Rousseff jantou no Palácio da Alvorada com um grupo de jornalistas mulheres.

Uma jornalista presente no jantar oferecido pela presidenta Dilma a jornalistas mulheres no Palácio do Alvorada, na terça-feira (6), fez uma boa narrativa do que foi falado com Dilma. É Denise Rothenburg dos Diários Associados (que edita os jornais Correio Brasiliense e Estado de Minas), Eis seu relato:

"O Brasil não vai explodir em 2015. Vai Bombar!", diz Dilma a jornalistas no Alvorada

De CPI da Petrobras, “não temo nada”, a inflação “está sob controle, mas não está tudo bem”, e cenários otimistas de “o Brasil vai bombar em 2015”, a presidente Dilma Rousseff falou de tudo um pouco ontem à noite, quando reuniu dez jornalistas mulheres para jantar no Palácio da Alvorada, no qual fui como convidada representando os Diários Associados.

Foram pelo menos quatro horas de conversa com direito a um tour por todo o andar térreo do Palácio e uma visita à capela, parada que Dilma incluiu no roteiro para mostrar a restauração. “Eu gosto da capela. Antes da reforma, tinha cheiro de mofo. Não dava para ficar”, comentou a presidente, devota de Nossa Senhora, a única imagem no interior da capela.

Ainda dentro da capela, alguém solta: “É bom estar com a capela restaurada nesse momento difícil, presidente?” Eis que Dilma, já caminhando para voltar ao Palácio, em meio a perguntas complementares sobre como se sentia em relação a essa baixa nas pesquisas, responde: “Saiba você que a única pessoa que te derrota é você mesma. Em qualquer circunstância. Eu não me deixo abater”, afirma.

Feitas as fotos na sala de reuniões ao lado da Biblioteca __ muitos selfies e conversas a respeito de amenidades, maquiagens, perfumes e tinturas de cabelo __, o cerimonial avisa que o jantar estava servido. Entre as colegas, a preocupação, “pronto, agora vamos comer e ela vai nos mandar embora sem notícia”. Que nada. A noite estava apenas começando.

Na sala de banquetes, com todos à mesa __ além das jornalistas estavam ainda a senadora Gleisi Hoffmann (ex-ministra da Casa Civil) e o ministro da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, Thomas Trauman __ alguém saca o caderninho de anotações e os temas polêmicos se sucedem. Dilma só se recusa a falar de campanha: “Estou na fase pré-candidata e falar sobre campanha agora é crime eleitoral”, e de troca de ministro: “ (Alexandre) Tombini (presidente do Banco Central) na Fazenda?”, quis saber uma das convidadas. “Não cogito nada”, disse. Ela, no entanto, ao longo da conversa, deixou exposta uma divergência com o ministro Guido Mantega que esta semana mencionou a perspectiva de aumento de imposto: “Não terá aumento de imposto”, afirmou. “Não sei em que contexto ele falou sobre isso”.

A CPI e a “tolice meridiana”

Os demais temas espinhosos são respondidos de forma firme, inclusive a CPI da Petrobras. “Não temo nada de CPI. Não devo nada. Não tenho temor nenhum. O governo é de absoluta transparência. Não tenho dúvida de que tem um componente político nessa CPI”, disse ela, que considerou normal a troca que fez de Sérgio Gabrielli por Graça Foster no comando da empresa. “Troquei até ministro, não é loura?”, comentou, virando-se para Gleisi. Diante das insistentes pergunta sobre se CPI atingiria Lula ou ela, Dilma não titubeia: “Sou eu, é? Então, o Gabrieli era do governo Lula e eu não? Eu sou governo Lula. Eu representava o controlador”, diz ela, referindo-se ao período em que se decidiu pela compra da refinaria de Pasadena.

A presidente deixa exposta, entretanto sua divergência em relação ao ex-diretor Nestor Cerveró, um dos responsáveis pela compra de Pasadena e chama de “tolice meridiana”, dizer que as cláusulas Put Option (a chamada cláusula de saída) são padrões, como mencionou Cerveró: “A Put Option é como se fosse um casamento. Cada um tem o seu, alguns tem clausulas de saída do casamento, outros não e nem todos são iguais”, explica. “Até onde eu sei não houve má fé, pode ter havido um equívoco”, diz ela, concluindo que fria tudo de novo, em relação à nota que soltou reclamando da ausência dessas cláusula no resumo técnico sobre Pasadena.

A inflação e o “também quero fazer política”

Em todas as áreas possíveis, a presidente compara seu governo com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e rebate as críticas feitas pelo tucano Aécio Neves e também pelo socialista, Eduardo Campos. NO quesito inflação, ela foi direta: “Está sob controle, mas não está tudo bem. O efeito inflação não explica o mal estar. Tem uma coisa que explica o mau-humor: a taxa de crescimento de bens e de serviços”, afirma. “NO setor de serviços, não tenho condição de, ao fazer o investimento, resultar em benefício imediato. Quem me critica esqueceu, mas o estoque de serviços (a executar) é um acúmulo do passado”, diz ela, afirmando categoricamente que o governo FHC investiu R$ 1 bilhão em saneamento, enquanto o governo dela aplicou R$ 37,8 bilhões, “e é pouco para o déficit, teria que triplicar para zerar”. “Não estou comparando com FHC para fazer política, mas quero fazer política também”, diz a presidente.

Se os dados de saneamento servem para alfinetar os tucanos, a perspectiva de desemprego para a meta de inflação de 3%, prevista por Eduardo Campos, do PSB, é repisada em comparação com a economia dos Estados Unidos: “Lá, o crescimento foi de 0,025%. NO ano, 0,1%. Se alguém perguntar, dirão que foi de franca recuperação. Ninguém dirá que é o caos e que o mundo caiu. Aqui, n Brasil, se isso acontecer, o céu estará caindo sobre minha cabeça”, comenta, emendando com uma crítica direta à proposta de Campos, de 3% de inflação. “Sabe o que isso significa? Desemprego de 8,2%. Quero ver manter o investimento público em logística. Não segura fazer isso

São Paulo e a “má fé”

A seca que provoca o desabastecimento de água em regiões da Grande São Paulo também não ficou de fora, quando o assunto da conversa vira para a energia elétrica. “A seca este ano é 100 vezes pior do que foi em 2001. E água e energia, só segura se investir. (No caso da água) Não sei quanto São Paulo investiu. Não temos nada a ver com a operação dele (Geraldo Alckmin). A água é tratada pelos estados. Qualquer tentativa de repartir (essa crise d) a água com governo federal é má fé”.

Base aliada e tempestade perfeita

Pouco se falou dos partidos aliados ao governo, mas a presidente deixou claro que não dispensará o contato com eles, a partir de 2015, caso receba mais quatro anos de mandato. “Vocês acreditam que alguém, só por não ser mais candidato à reeleição, pode prescindir das instituições?”, diz, respondendo ainda àqueles que mencionam um conjunto de fatores (tempestade perfeita) que pode agravar os problemas econômicos do Brasil no ano que vem. “Passei seis meses esperando a tempestade perfeita. Ela não veio. Agora, vocês me perguntam se o Brasil vai explodir em 2015. Vocês acreditam em história da Carochinha? Temos uma indústria diversificada, um agronegócio forte, estabilidade”

Ação da oposição contra o pronunciamento do 1º de maio e “meiguíssima”

" O Bolsa Família vão falar que é eleitoreiro, mas melhoramos em vários anos e não íamos deixar de melhorar. O Bolsa Família é visto como eleitoreiro. Quem não tem compromisso com os mais pobres acha uma besteira colocar dinheiro no Bolsa Família. A troco de quê não vou reiterar meus compromissos com aqueles que são a base do governo? Não é possível que eu não possa defender o que eu penso. }A oposição pode falar o que quiser e eu não posso?”, diz. A senhora acha que foi agressiva no pronunciamento?", pergunta alguém. Eis que ela responde: "Meiguíssima!"

Vaias : “Quem falar que gosta de vaia está mentindo, mas isso não vai me impedir de trabalhar”.

Eduardo ou Aécio num segundo turno? “Sem preferências, querida!”

Oposição no PT, o chamado fogo amigo e o “volta Lula”:

“Acho que o PT tem mais vantagens, tem seus méritos e características positivas. Se tem um partido que conviveu com a disputa interna é o PT. E vai conviver pelo resto da vida. (Quanto ao Lula), quem viveu junto, intensamente, todas as horas e dificuldades, tem uma relação política e pessoal que não é passível de ruptura”. Quanto ao ex-presidente e o movimento para fazer ele candidato: “Nunca falamos sobre isso. Respeito muito o Lula. Tenho certeza (do apoio) dele. Ele está acima dessas questões.Tenho certeza de que o Lula me apóia nesse exato instante”.

Imprensa e o “couro de jacaré”

Lá para o final da conversa, em meio às amenidades, a presidente mencionou, respondendo a uma pergunta, que a “a imprensa brasileira é bastante oposicionista” atualmente. “A gente vai ficando um couro grosso de jacaré ou de tartaruga”, afirmou.

A Copa, os holligans, Neymar e a greve da PF

A menos de 40 dias do mundial, obviamente, o tema não ficaria de fora. A presidente contou que seu governo e a Fifa preparam duas ações relativas à segurança e ao combate o racismo. Em relação à segurança, a ordem é evitar o embarque de torcedores violentos para o Brasil. Aqueles que conseguirem, entretanto, escapar a esse filtro, podem ser barrados na entrada. A outra iniciativa, essa e fácil execução,são as falas antirrascistas em todo os jogos da Copa. “E quem senhora escalaria. Presidente? “Neymar. Ele é uma unanimidade. Também gosto do Daniel Alves. Ele respondeu bem”, diz ela. O técnico Felipe Scolari, o FElipão, também é elogiado como alguém que tem ”liderança, caratê e dignidade. É uma pessoa especial”.

Quanto à perspectiva de greve da Policia Federal, a presidente foi direta: “Nunca soube disso. A PF se comportou muito bem na Rio + 20” . Ela também mencionou as manifestações:. Se quiser fazer manifestação é legítimo,mas não vamos permitir que haja qualquer interferência sobre a Copa".

2 Comentários:

Paulo Lima disse...

é 1 é 3 é Dilma outra vez //é 1 é 3 é Dilma outra vez//é 1 é 3 é Dilma outra vez...CONFIRMAAAAA!

Emmanuel Rabello disse...

Afastando o ‘ilusionismo’, SE há UM político decente e patriota NESSE País deveria de IMEDIATO e com a consciência da gravidade da situação da CORRUPÇÃO propor e fazer caminhar Projeto de Emenda Constitucional (PEC) conteúdo:

Nos termos do Art. n.º 60 da Constituição Federal, propor urgente e essencial Emenda à Constituição, alterando o Art. n.º 70 da Carta Magna na seguinte nobre e imprescindível definição e determinação para o eficaz combate à corrupção que, irrefutável, vem carcomendo o Estado, a Ordem Constitucional e a harmonia social:

“Art. 70 e seu parágrafo único da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único ................ substituída sua denominação para § 1º, passando a

§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Todo e qualquer crime contra o erário e contra o patrimônio, nos termos desta Constituição e especialmente dos Arts. 3º, 20, 37 e 170, são impositivamente imprescritíveis e não sujeitos a prazo de decadência, devendo ainda e compulsoriamente ter efeito “ex tunc”, ou seja, sempre aplicada a retroatividade deste imperativo constitucional às referidas infrações e crimes. Os Códigos Civil, Penal e Tributário devem adequar-se de imediato a esta clausula pétrea.

§ 3º O combate à corrupção que sangra o Brasil exige que a pena mínima a ser aplicada nesses crimes contra o erário e contra o patrimônio não será menor que dois terços da pena máxima aplicável no Brasil conforme a legislação em vigor, hoje trinta anos.”

** os referidos termos visam a terminar definitivamente com a concessão de impunidade, a décadas aplicada por meio da inércia e benevolência dos Tribunais de Justiça no Brasil, a permitirem, desde sempre e indefinidamente, a decadência e prescrição dos crimes contra o erário e patrimônio nacionais cometidos por ‘colarinhos brancos’ oriundos da ‘casa grande’ ou com poder econômico, político e midiático elevado - com a nobre exceção da condenação da corriola oriunda da senzala ora representada pelos corruptos ligados ao partido dos trabalhadores.

Sugiro inclusive à Sra. Presidenta, ao Sr Requião, ou outro encaminhar a PEC nos termos do Art. 60 da CRFB.

A lei deve se aplicar a todos, não apenas a uns e outros. Se há corruptos há corruptores. Se existem no presente, existiram no passado mas se ficou calado.

O que eles querem é as comi$$ões da entrega do Pré-Sal e do patrimônio das águas.

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração