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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Fernando Haddad participa de Fórum Urbano Mundial na Colômbia



O tempo livre para o lazer e as questões de mobilidade urbana, sustentabilidade, educação, saúde e a autonomia das grandes metrópoles em relação aos governos centrais foram os principais temas apresentados pelo prefeito Fernando Haddad, ontem, na mesa-redonda que abriu o segundo dia do 7º Fórum Urbano Mundial, em Medellín, na Colômbia. O debate contou com a participação dos prefeitos de Santiago (Chile), Carolina Tohá Morales; Budapeste (Hungria), István Tarlós; Nanquim (China), Miao Ruilin; e Barcelona (Espanha), Xavier Trias. O evento é organizado pela ONU.

Em sua apresentação, Haddad falou sobre a importância da diminuição do tempo de deslocamentos em uma metrópole. "Com a aplicação de mais de 300 quilômetros de faixas e corredores exclusivos para o transporte público, os trabalhadores de São Paulo ganharam 19 minutos em média por trecho de deslocamento, 38 minutos em um dia e quatro horas por semana. Esta é uma conquista que as centrais sindicais brasileiras pleiteiam há décadas: a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais", disse Haddad.

O prefeito qualificou a decisão de priorizar o transporte público como difícil e radical. "Não recomendo implementá-la em final de mandato. A popularidade da administração cai. Sobretudo na minha cidade, onde 50% dos paulistanos se deslocam para o trabalho de carro", afirmou.

Ainda sobre a questão da mobilidade urbana, Haddad falou da necessidade de incentivar a construção de moradias populares e de gerar opções de trabalho nas periferias das grandes cidades. "Como em São Paulo, a tendência da especulação imobiliária é sempre de expulsar os trabalhadores das áreas beneficiadas com equipamentos públicos".

Ele defendeu uma legislação de uso e ocupação do solo, de forma a permitir que a municipalidade implante projetos habitacionais de interesse social em áreas nobres da cidade e próximas aos postos de trabalho. Da mesma forma que defendeu uma política de incentivos fiscais para implantação de postos de trabalho em regiões onde não há opção de emprego ou equipamentos públicos.

Fernando Haddad fez coro à maioria dos prefeitos das grandes metrópoles presentes em Medellín e reiterou que as cidades enfrentam um desequilíbrio federativo em relação aos governos centrais. "Temos um sério problema institucional para recuperar a capacidade de investimento e a autonomia fiscal", concluiu.

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