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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Lula e Padilha na estrada. Ribeirão Preto e região recebem Caravana Horizonte Paulista.


Caravana começou na fronteira de São Paulo, em Igarapava, seguindo para Ribeirão Preto.
Inspirada nas Caravanas da Cidadania feitas pelo presidente Lula na década de 90 para olhar e sentir de perto a diversidade de problemas do Brasil profundo para formular um programa de governo amplo, a caravana Horizonte Paulista promovida pelo Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo busca novos horizontes para São Paulo.

O ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, acompanhado de lideranças regionais, abriu a Caravana na sexta-feira (7), iniciando o percurso pela histórica ponte velha de Igarapava sobre o Rio Grande, na fronteira com Minas.

Dali, a Caravana visitou o centro da cidade, onde Padilha encontrou populares e militantes e recebeu o título de cidadão Igarapavense, pelo relevante apoio em equipar a saúde na cidade durante sua gestão como ministro.

Após a calorosa recepção em Igarapava, a caravana seguiu viagem para São Joaquim da Barra, onde almoçou no Tênis Clube da cidade.

O próximo destino foi Ribeirão Preto, onde o presidente Lula foi ao encontro para participar da Caravana coordenada por Padilha. Depois de uma série de encontros na cidade na sexta-feita, Padilha e Lula fazem uma plenária de Abertura da Caravana no Espaço Santo Antonio, neste sábado (8).


Dali a caravana segue para a cidade de Brodowski, onde almoçam.

A próxima parada às 20hs em Barretos, onde a Caravana visita o hospital do Câncer.

Para acompanhar a caravana, siga o site http://www.horizontepaulista.com.br/ ou no https://www.facebook.com/horizontepaulista.

Padilha falou à à rádio CBN da cidade.

O presidente Lula foi entrevistado pelo jornal "A cidade" de Ribeirão Preto. Perguntado se seria candidato em 2018, Lula disse "Na política nunca podemos dizer que nunca". Eis a entrevista:

A aposta do PT para o Palácio dos Bandeirantes, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, ganhou projeção com o “Mais Médicos”. Só este programa, ainda considerado polêmico, é suficiente para conquistar o eleitorado de São Paulo e quebrar a hegemonia de 20 anos do PSDB?

O Padilha não está sendo lançado candidato a governador apenas por causa do programa Mais Médicos, o Padilha está sendo lançado candidato a governador porque nós achamos que ele é um quadro altamente qualificado para governar o estado mais importante da federação. Ele é um político inteligente, um administrador competente e fez um bom trabalho no Ministério da Saúde. E é importante que todo mundo saiba que a saúde brasileira padece de uma deficiência causada pelo PSDB quando destruiu a CPMF que tirou ainda no meu governo praticamente R$ 50 bilhões por ano da saúde. E o Padilha não vai cuidar apenas da saúde em São Paulo, o Padilha vai cuidar do estado de São Paulo. Ele tem todas as possibilidades de ser o futuro governador do estado de São Paulo. Ele tem um conjunto de qualidades que permitiu que o PT o indicasse para ser candidato e esse conjunto de qualidades, o povo paulista vai ver durante toda campanha e permitir que o povo veja se vai ter confiança nele para dirigir o destino de São Paulo.

O senhor “bancou” Dilma e Haddad, dois técnicos que nunca tinham sido testados em urnas. Os dois tiveram sucesso graças ao seu apoio. Agora, o PT repete a receita com Padilha. O senhor vai ter fôlego para cuidar dele e de Dilma na mesma campanha? A baixa aprovação de Haddad e os ícones do PT condenados no processo do mensalão vão dificultar ainda mais este trabalho?

Eu estou tranquilo para afirmar ao povo de São Paulo que o companheiro Haddad será um grande prefeito. Não adianta julgá-lo apenas por um ano de crise, nós temos que julgá-lo pelos quatro anos de mandato. E o Haddad vai fazer muita coisa, como a Dilma tem feito pelo Brasil. Acho que se engana quem subestima o povo: ele sabe separar as coisas, o processo no Supremo e a disputa eleitoral.

O deputado estadual Edinho Silva, muito ligado ao senhor dentro do PT, vai fazer parte da coordenação da campanha de Dilma Rousseff. Ele já disse que prefere a articulação política, mas especula-se que fique com o posto de tesoureiro. Qual vai ser o papel dele na campanha? Aliás, com a morte de Celso Daniel, o senhor apadrinhou Palocci e o levou para o cenário nacional. Edinho seria o novo Palocci?

Eu penso que cada um tem a sua maneira de ser e de trabalhar. O papel que ele irá ter na campanha será o que a presidenta Dilma definir. O Edinho é um grande companheiro, e qualquer tarefa que ele assumir vai se dedicar e cumprir com muita competência, como fez como prefeito de Araraquara, no seu mandato de deputado e na presidência do PT de São Paulo.

Depois de Palocci, Ribeirão Preto não teve outra liderança petista forte. Existe alguma estratégia do partido para mudar este quadro?

O PT de Ribeirão Preto tem quadros políticos importantes, agora querer que nasça um Palocci a cada ano é impossível. Porque pessoas da competência política do Palocci não surgem a cada dia, a cada ano. Demora muito tempo para nascer. O que é importante é a gente saber que a região tem bons quadros, bons dirigentes do PT. E a estratégia do partido é continuar filiando pessoas e formando essas pessoas que os quadros vão aparecer.

A região de Ribeirão Preto é uma das principais produtoras do setor sucroalcooleiro do Estado. Em crise, usinas entraram com pedidos de recuperação judicial, reclamam da pequena margem de lucro e do alto custo de produção. Vale lembrar a política de preços artificial da Petrobrás, que manteve gasolina e etanol abaixo do custo de produção. Como seria possível corrigir adequadamente tal distorção?

A crise momentânea pela qual passa o setor sucroalcooleiro não diminui a importância que esse setor teve, tem e terá para a economia brasileira. O setor contribui de forma decisiva com a geração de energia limpa, garante que a gente tenha uma frota de carros flex-fuel, e vai crescer na medida em que os países implantarem o protocolo de Kioto, adotando medidas para reduzir a poluição. Torço para que essa crise momentânea termine logo, e o setor volte a crescer para produzir mais etanol, açúcar, emprego e renda e para que mais usinas sejam construídas no Brasil.

Como o senhor vê essas recentes manifestações pelo país, inclusive contrárias à Copa?

O Brasil é um país democrático e as pessoas têm o direito de se manifestar. A democracia não é um pacto de silêncio, é a sociedade em movimento lutando por novas conquistas. Em qualquer lugar do mundo as pessoas se manifestam quando tem Copa ou Olímpiadas e isso não vai impedir o Brasil de fazer a melhor Copa do Mundo.

O senhor vai voltar a disputar eleição?

Na política nunca podemos dizer que nunca. Não é a minha vontade, acredito que já dei minha contribuição para este país. Em 2018 não sei como estarão as circunstâncias políticas e que novos nomes irão surgir até lá. Eu espero que tenha muita gente competente para disputar as próximas eleições e que eu não precise participar.

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