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domingo, 1 de dezembro de 2013

Depois de dar carteirada na PF, Aécio cai para 3º lugar na pesquisa


O gesto desastrado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de querer tirar a Polícia Federal da investigação do propinão tucano nos trens do Alckmin, equivaleu a tentar dar um carteirada, no caso uma carteirada política via TV Globo, para inibir a PF de investigar tucanos do alto escalão paulista.

Aécio tentou blindar os tucanos acusando o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo de fazer "dossiê" político. Com apoio da Globo, Folha, Veja e Estadão, Aécio achou que conseguiria inibir a Polícia Federal de investigar as conexões das propinas da Alstom e da Siemens com políticos tucanos.

Mas não deu certo. Cardozo rebateu: "O tempo de engavetadores-gerais de denúncias acabou". Disse que o Propinão tucano vai continuar sendo investigado pela Polícia Federal, e quem não deve, não tem o que temer. Já quem deve não vai ter "jeitinho" para arquivar o caso.

Na quinta e na sexta-feira (28 e 29), o Datafolha realizou sua pesquisa e apontou queda de Aécio. Pior: quando o cenário inclui Joaquim Barbosa, Aécio caiu para terceiro lugar. Barbosa fica em segundo com 15% e Aécio caiu para terceiro, com 14%, ainda que os números configurem empate na estatística, dentro da margem de erro. Mesmo assim Dilma venceria com folga no primeiro turno.

O fato mostra o drama tucano. O denuncismo anti-petista exagerado da TV Globo, Veja, Folha e Estadão acabou fazendo o feitiço virar contra o feiticeiro. Não há editor da Globo ou da Folha que consiga disfarçar o gesto de Aécio querendo dar o golpe da carteirada política para engavetar o propinão tucano nos trens do Metrô paulista e da CPTM. Pegou muito mal.

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