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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PF indicia e ex-diretor da CPTM por lavagem de dinheiro e evasão de divisas


A Polícia Federal indiciou por lavagem de dinheiro e evasão de divisas o consultor Arthur Teixeira, suspeito de receber propina da multinacional Siemens, empresa que admitiu ter participado de cartel que atuou em licitações do sistema de metrô e trens do Estado de São Paulo.

 Dossiê do Ministério Público da Suíça indica que Zaniboni recebeu US$ 836 mil na conta Mil-mar, de sua titularidade, no Credit Suisse de Zurique. Parte desse valor - US$ 103,5 mil - teria sido depositada em 2 de maio de 2000 por Teixeira, pela conta Rockhouse. A Suíça condenou Zaniboni por lavagem de dinheiro e aplicou multa a ele. Os procuradores de Genebra pediram "com veemência" interrogatório de Teixeira, como sendo o pagador de propinas tucanas.

Também foi indiciado pelos mesmos crimes o ex-diretor de operações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) João Roberto Zaniboni, conforme noticiado ontem pelo "Jornal Nacional", da TV Globo.

Os crimes ocorreram para compra e manutenção de composições aconteceram entre 1998 e 2008, durante governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB, no Estado.

Ex-executivo da Siemens, Ronaldo Cavalieri, que trabalhou na empresa entre 1978 e 2008, disse à PF ter autorizado pagamentos às consultorias Procint e Constech, ligadas a Teixeira e seu irmão Sérgio Teixeira, morto em 2011.

Ele disse que a justificativa para os repasses era um contrato que as duas empresas mantinham com o consórcio Sistrem, formado pela Siemens e outras companhias do setor, entre elas a multinacional francesa Alstom, para a construção da linha 5 do metrô. O primeiro trecho desse ramal, aberto em 2002, foi implantado pela CPTM.

A Procint e a Constech são apontadas como destinatárias de propinas pagas pelo cartel, investigado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Relatório do Cade afirma que o contrato foi oneroso para o governo de São Paulo, pois o preço foi definido em rodadas de negociação, e não em uma concorrência aberta, na qual os valores dificilmente seriam os mesmos.

O indiciamento foi feito pela PF após pedido do Ministério Público da Suíça, que, em outro inquérito, apura o pagamento de propinas pela Alstom em troca de contratos com o governo paulista.

Essa investigação identificou repasses da empresa a Teixeira e Zaniboni, que tiveram seus bens bloqueados, assim como Milena Zaniboni, filha do ex-diretor da estatal paulista de trens.

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