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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dilma "nocauteia" Obama na ONU


O discurso da presidenta Dilma na ONU, na terça-feira, recriminando a espionagem estadunidense, teve o valor de um manifesto e se pudéssemos considerar como um debate, Dilma teria vencido por "nocaute".

Foi contundente, franca e direta. Em alguns trechos ela fala direto à Obama, sem rodeios. O discurso foi contundente na medida certa, suficientemente racional e civilizado para cumprir sua função geopolítica sem bravatas e sem ultrapassar limite que poderia gerar uma crise diplomática.

Em um trecho disse:

"Como tantos outros latino-americanos, lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e a soberania de meu país. Sem ele – direito à privacidade - não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações.
(...)
Estamos, senhor presidente, diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis; da invasão e captura de informações sigilosas relativas as atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional do meu país".

Obama discursou mais tarde. Não tinha o que dizer sobre o assunto sem se constranger, e não dava para contestar Dilma. Só disse que seu país estava revendo os métodos de espionagem para melhorar o respeito à privacidade, e falou uns 50 minutos, principalmente sobre o Oriente Médio.

O discurso de Dilma teve valor de manifesto porque defendeu uma governança mundial equilibrada na internet de forma a todos os estados se submeterem às mesmas leis, regulamentos e que possam ser fiscalizados por entidades multilaterais, sem hegemonia de um ou poucos países. Nas entrelinhas, há a mensagem não dita explicitamente "bisbilhotados do mundo, uni-vos".

1 Comentários:

Unknown disse...

Presidente Lula, estou contigo e não abro mão. Confesso que nao estava acreditando muito na Presidenta Dilma, pois havia rumores de que ela pendia para os americanos no que se refere a parceria estratégica militar, porém depois das denuncias circunstanciadas, fundamentadas e contundentes junto a ONU, juro que me senti orgulhoso. Sou a favor de parcerias estratégicas militar com a Russia. Grande abraço!!!!

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