A Justiça Eleitoral em Taubaté (140 km de São Paulo) cassou na
segunda-feira (19) o mandato do prefeito Ortiz Junior (PSDB) e de seu vice,
Edson de Oliveira, ambos do PSDB, por abuso de poder político e
econômico durante a campanha eleitoral de 2012. Cabe recurso.
A decisão, que também torna o prefeito inelegível por oito anos, só valerá após todos os recursos serem julgados.Segundo a sentença da juíza Sueli de Oliveira Armani, Ortiz Junior se
aproveitou da condição de seu pai, José Bernardo Ortiz, na época em que
este foi presidente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da
Educação), ligada ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), para arrecadar dinheiro para
sua campanha por meio de licitação fraudulenta.
Em 2011, um ano antes de ser candidato à Prefeitura de Taubaté, segundo a
sentença, Ortiz Junior facilitou a participação de "empresas
previamente conluiadas" em uma licitação para aquisição de mochilas, e
recebeu em troca uma "comissão destinada a constituir recurso para a
posterior campanha política".
O Ministério Público moveu a ação contra Ortiz Junior após um
ex-funcionário de uma das empresas denunciar o cartel, por não ter
recebido sua parte no acordo --30% do lucro da empresa, ou algo em torno
de R$ 2 milhões.
O denunciante, Djalma da Silva Santos, que atuara como articulador do
esquema de corrupção, segundo a Justiça, afirmou que Ortiz Junior recebeu R$ 104 mil
da empresa Excel, vencedora da licitação, e que outra empresa já teria
adiantado ao político R$ 900 mil.
Para a juíza,"ficaram comprovadas as negociações e a utilização da máquina
estatal com finalidade ilícita, assim como a entrega de R$ 34 mil feita
por Djalma a Ortiz Junior". Um cheque nesse valor teria sido usado para pagar o marqueteiro da campanha eleitoral, Marcelo Pimentel. Siga nosso blog no Facebook
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