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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Prefeito e vice do PSDB são cassados por licitação fraudulenta de mochilas escolar



A Justiça Eleitoral em Taubaté (140 km de São Paulo) cassou na segunda-feira (19) o mandato do prefeito Ortiz Junior (PSDB) e de seu vice, Edson de Oliveira, ambos do PSDB, por abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2012. Cabe recurso. 

A decisão, que também torna o prefeito inelegível por oito anos, só valerá após todos os recursos serem julgados.Segundo a sentença da juíza Sueli de Oliveira Armani, Ortiz Junior se aproveitou da condição de seu pai, José Bernardo Ortiz, na época em que este foi presidente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), ligada ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), para arrecadar dinheiro para sua campanha por meio de licitação fraudulenta. 

Em 2011, um ano antes de ser candidato à Prefeitura de Taubaté, segundo a sentença, Ortiz Junior facilitou a participação de "empresas previamente conluiadas" em uma licitação para aquisição de mochilas, e recebeu em troca uma "comissão destinada a constituir recurso para a posterior campanha política". 

O Ministério Público moveu a ação contra Ortiz Junior após um ex-funcionário de uma das empresas denunciar o cartel, por não ter recebido sua parte no acordo --30% do lucro da empresa, ou algo em torno de R$ 2 milhões. 

O denunciante, Djalma da Silva Santos, que atuara como articulador do esquema de corrupção, segundo a Justiça, afirmou que Ortiz Junior recebeu R$ 104 mil da empresa Excel, vencedora da licitação, e que outra empresa já teria adiantado ao político R$ 900 mil. 

Para a juíza,"ficaram comprovadas as negociações e a utilização da máquina estatal com finalidade ilícita, assim como a entrega de R$ 34 mil feita por Djalma a Ortiz Junior". Um cheque nesse valor teria sido usado para pagar o marqueteiro da campanha eleitoral, Marcelo Pimentel.  Siga nosso blog no Facebook

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