O Serra representa o
establishment rejeitado pelas manifestações mais do que a presidente
Dilma", afirmou Luiz Castro Andrade Neto. "Ele promove luta interna no PSDB e nos usa como forma de
pressão."
Integrantes do diretório nacional do PPS criticaram ontem, durante
reunião em Brasília, a possível filiação do ex- governador de São Paulo
José Serra (PSDB) para ser candidato à Presidência pelo partido.
As
críticas se dividiram entre os que não querem atrelar a filiação do
tucano à sua candidatura pelo partido, os que defendem estreitar as
conversas com outros candidatos da oposição e os que acham que Serra
iria enfraquecer o PPS por "não representar o que as manifestações de
junho pediram".
Luiz Castro Andrade Neto, do Amazonas, pediu ao diretório que fizesse
uma leitura mais apurada do cenário. "O PPS apostar na candidatura do
Serra significa caminhar para a redução do partido.
O Serra representa o
establishment rejeitado pelas manifestações mais do que a presidente
Dilma ", afirmou.
A reunião em que foram expostas as divergências sobre a filiação do
tucano foi convocada para discutir a conjuntura depois da fracassada
fusão do PPS com o PMN, que tinha como objetivo atrair para a oposição
políticos insatisfeitos com o governo.
A maioria dos discursos evitou
tomar posição sobre 2014, mas alguns militantes usaram o espaço para
criticar a possibilidade de Serra concorrer pela legenda. Nenhum fez
defesa explícita da candidatura do tucano.
Luiz Antônio Martins, do Rio, disse que isso faria Dilma "ganhar com
facilidade". "Não tenho dúvida que a eventual vinda do Serra será muito
ruim para a oposição.
Ele vai competir no mesmo campo do senador Aécio
Neves e dividir os votos do PSDB", afirmou.
Também representante do Rio, Roberto Percinoto afirmou que o tucano tem
grande rejeição no Estado. "Nas duas vezes em que foi candidato à
Presidência, Serra não conseguiu fazer sequer um evento relevante no
Rio", disse. "Ele promove luta interna no PSDB e nos usa como forma de
pressão."
O secretário de Comunicação do PPS de São Paulo, Maurício Huertas, disse
que os reiterados convites de filiação ao ex-governador dificultam as
conversas com outros candidatos, como a ex-ministra Marina Silva.
Presidente do diretório do PPS de Minas, a deputada estadual Luzia
Ferreira disse que Serra seria um grande quadro para o partido, mas que
sua filiação não pode estar atrelada à obrigação de ser o candidato.
"Ele tem que correr o risco. Mas se ele pensar bem, pelo menos aqui ele
teria esse risco, no PSDB nem essa chance haveria", ponderou. Defensora
de que o PPS apoie Aécio na disputa, Luzia terá hoje uma primeira
reunião para tratar do assunto com o mineiro.
No comando da reunião, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto
Freire (SP), rebateu as críticas e disse que tem conversado com todos os
candidatos da oposição e que o diretório vai decidir no final. "Estamos
dialogando com todas as forças políticas, mas não há definição, nem
nossa nem da parte de quem serão os candidatos", afirmou.
Freire, que é apontado como um dos principais entusiastas da candidatura
do ex-governador, disse que nenhum dirigente do PPS lhe disse ser
contra a filiação.
Reiterou, porém, que a decisão tem que ser tomada
logo - o prazo para que os candidatos estejam filiados aos partidos
pelos quais vão concorrer termina um ano antes da eleição. "O seu Serra
deve saber que se quiser ser candidato tem que decidir até 6 de
outubro", pontuou. As informações são do Valor Econômico - Siga nosso blog no Facebook
1 Comentários:
estes covardes e invejosos deste partido asqueiroso, bem que merece o Serra. Seria muito bom que este crapula fosse candidato neste partido de aluguel da direita.
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