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sábado, 17 de agosto de 2013

Em campanha eleitoral, Eduardo Campos endivida Pernambuco em R$ 7,5 bilhões



Empréstimos internacionais recordes marcam a reta final da gestão Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco. 

Nos últimos dias o Estado tomou cerca de R$ 2 bilhões com o Bird (Banco Mundial) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), recursos que têm sido usados para turbinar obras de infraestrutura e de convivência com a seca, entre outras. 

Enquanto isso, o provável rival da presidente Dilma Rousseff em 2014 tem percorrido o interior do Estado em inaugurações e assinaturas de ordens de serviço. 

Para a oposição, Campos assume mais compromissos do que pode entregar e usa empréstimos para jogar a conta para a frente --os pagamentos se estendem por até 30 anos. Na era Campos, iniciada em 2007, o Estado já soma R$ 7,5 bilhões em empréstimos em instituições nacionais e estrangeiras. Até o final de setembro ele deve tomar mais R$ 1 bilhão no BID. 

 Com discurso ancorado na inovação na gestão pública, Campos tem elevado as despesas com pessoal --só em 2013 já gastou mais do que em 2012--, mas sofre pressões salariais, como a dos policiais. 

Vitrine da gestão, o programa de redução de homicídios contratou 2.000 policiais neste ano e contribuiu para elevar os gastos com pessoal quase ao limite de alerta. Só nos quatro primeiros meses deste ano a folha já consumiu R$ 10 bilhões, ante R$ 9,7 bilhões nos 12 meses de 2012. 

 A aparente estabilidade contribuiu para que Campos fosse o governador mais bem avaliado do país. Mas os 58% de aprovação não anteciparam o anúncio de sua candidatura, o que deixa incerto o futuro das eleições no Estado. 

Feira de irmão de governador de Pernambuco recebe patrocínio recorde

O Estado de Pernambuco destinará neste ano um patrocínio recorde para a feira literária internacional Fliporto, produzida pelo advogado e escritor Antônio Campos, 45, irmão do governador e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB). 

O repasse será de R$ 3,5 milhões, maior valor pago pelo Estado ao evento desde 2008, quando começou a patrocinar a feira literária. É também o maior patrocínio da Empresa de Turismo de Pernambuco S.A. (Empetur) pago um evento em 2013. 

O Estado paga cerca de dois quintos do valor da feira, orçada em R$ 8,5 milhões, segundo a assessoria da Fliporto, que se realiza de 14 a 17 de novembro, em Olinda. 

O montante repassado à feira pela Empetur só fica atrás do de sua folha de pagamento (R$ 9,3 milhões), de publicidade (R$ 6,5 milhões) e do empenho para a transmissão do Carnaval do Estado (R$ 4,2 milhões). 

Para apoiar a produtora que realizou a festa de São João de Caruaru, uma dos mais importantes do país e que durou 30 dias, a Empetur destinou R$ 1,8 milhão.A Fliporto estreou em 2005 na praia de Porto de Galinhas e, em 2010, foi para Olinda. 

Antônio Campos, irmão do governador, é cotitular da marca Fliporto e do evento desde 2007. Os aportes do governo estadual à feira começaram no ano seguinte. Neste ano, a feira é realizada pela Carpe Diem, editora de Antônio Campos, e pela Flipe Produções Culturais, da advogada Tatiana Valente e de Luciano Higino da Silva. 

É a Flipe que, desde 2012, recebe os recursos do Estado. No ano passado, foram R$ 3 milhões para a Fliporto, diz a Secretaria de Turismo. 

Em 2011, uma outra produtora, a Carneiro e Vasconcellos, recebeu R$ 1,3 milhão, menos da metade do valor destinado à feira agora. 

Nos anos anteriores, o mais alto valor de apoio à feira foi R$ 600 mil, em 2010.

O site da Fliporto relata que o evento conta com patrocínio de quatro empresas: Itaú, M. Dias Branco, Souza Cruz e Companhia Pernambucana de Gás, que tem o governo do Estado como sócio. 

A Copergás repassará neste ano R$ 50 mil via Lei Rouanet à ARC - Editora e Produções, de Antônio Campos. 

A assessoria da Fliporto disse já ter captado, até o momento, R$ 6,3 milhões em patrocínio para a feira de 2013. As informações são da Folha de São Paulo
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1 Comentários:

kacris disse...

A ganância e ambição desse Eduardo Campos beira o extremo, além de ser um louco fascista. Não vejo a hora dele ser pego de calças curtas

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