Documentos da Polícia Federal obtidos pela reportagem mostram como
funcionou o suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do
governo do Estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom. Dois
ex-secretários, dois diretores da estatal de energia EPTE
(ex-Eletropaulo), consultores e executivos da Alstom - dez pessoas no
total - foram indiciados no inquérito da PF.
Autoridades suíças
sequestraram 7,5 milhões - dinheiro que seria de subornos - em uma
conta conjunta no Banco Safdié em nome de Jorge Fagali Neto e de José
Geraldo Villas Boas. Fagali é ex-secretário de Transportes
Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e
ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do
Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão Fernando Henrique
Cardoso. Villas Boas é dono de uma das offshores acusadas de lavar
dinheiro do esquema.
Apesar de estar fora da administração
paulista na época do pagamento de propina (1998), Fagali manteria,
segundo a PF, influência e contatos no governo paulista. O caso
envolvendo a Alstom teria os mesmo ingredientes do que envolve o cartel
metroferroviário denunciado pela Siemens, do qual a Alstom também faria
parte.
Fagali foi indiciado sob as acusações de formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão. Outros três agentes públicos
foram acusados de corrupção passiva. São eles: o ex-secretário de
Energia e vereador Andrea Matarazzo (PSDB), o ex-presidente da EPTE
Eduardo José Bernini e o ex-diretor financeiro da empresa Henrique
Fingermann.
Consultores e diretores da Alstom foram
indiciados sob as acusações de formação de quadrilha, corrupção ativa,
evasão e lavagem de dinheiro. A reportagem procurou os acusados. A
Alstom disse que não ia se manifestar..
Domínio
A
PF usa a teoria do domínio do fato contra Matarazzo. Ao justificar o
indiciamento, o delegado Milton Fornazari Junior escreveu: "Matarazzo
era secretário de Energia e pertencia ao partido político que governava
São Paulo à época, motivo pelo qual se conclui pela existência de um
conjunto robusto de indícios de que ele tenha se beneficiado, juntamente
com o partido político, das vantagens indevidas então arquitetadas pelo
grupo Alstom".
Segundo a PF, os beneficiários finais da
corrupção eram "servidores públicos do governo no primeiro semestre de
1998", na gestão de Mário Covas (PSDB). A investigação começou após a
apreensão na Suíça de documentos com diretores da Alstom sobre subornos.
No caso da EPTE, o esquema teria atuado na contratação, sem licitação,
de um crédito de R$ 72,7 milhões no banco Société Générale, subscrita
por Fingermann, seu diretor financeiro. De acordo com a PF, o dinheiro
só foi liberado "porque o grupo Alstom (...) idealizou um esquema de
pagamento de vantagens indevidas para funcionários públicos paulistas
(...) pela aprovação da celebração do contrato de crédito com declaração
de inexigibilidade de licitação".
O dinheiro serviria
para a compra de equipamentos para uma subestação de energia. Mas,
quando foram entregues, o governo não havia nem licitado o prédio para
abrigá-lo. O dinheiro das propinas teria sido pago por meio de offshore
no Uruguai. A PF destacou quatro: a MCA Uruguay, de Romeu Pinto Junior; a
Taldos Ltd, de José Geraldo Villas Boas; a Splendore Y Associados
Desenvolvimento Econômico, de Jean Marie Lannelongue, e a Andros
Management Ltd, de Jean Pierre Charles Antoine Courtadon.
Para
justificar a saída do dinheiro, o esquema contrataria empresas de
consultoria no Brasil. Entre elas, estariam a Cegelec Engenharia e a
Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos - esta última de um empresário
ligado ao ex-secretário de Governo de Covas e conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado, Robson Marinho.
Dono da MCA, Romeu Pinto
Junior confessou à PF ter "servido de intermediário do pagamento de
propinas a funcionários públicos paulistas a mando da Alstom e por meio
da MCA". A MCA usaria três contas bancárias no UBP Zurich, uma no Banco
Audi em Luxemburgo e outra no Bank Audi em Nova York.
O
consultor teria recebido da Alstom R$ 40,1 milhões em 2000 e 2001 e de
2005 a 2007. Villas Boas teria recebido R$ 2,65 milhões da Alstom em
2000 e 2002 "sem justificativa plausível". Ele teria feito grandes
saques em espécie do dinheiro depositado pela Alstom. Parte foi enviada à
Sanmoca Foundation, em Liechtenstein, e apareceu na conta bancária
230-566047, no Banco UBS, na Suíça. Ele alega inocência. As informações
são do jornal O Estado de S.Paulo.
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2 Comentários:
Tá chegando perto dos cabeças, tá chegando perto!
TEM QUE BOTAR PRA QUEBRAR ENCIMA DESSA TUCANADA, A CASINHA, OS NINHOS DE GRAVETOS ESTÃO SE DESPENCANDO DE PODRE, SAI DE BAIXO, TEM URUBÚ VARIADO PARA TUDO QUANTO E LADO, E PRECISO FORMAR EQUIPE EXTRA PARA AJUNTAR OS FILHOTES, TEM BICHO ESPALHADO PRA TODO LADO, SEM PERDER O FOCO DO ( CHEFE) POIS ELE PODE LOTAR SEU TREM E ESCONDER NAS SUAS CAVERNAS, AQUELAS QUE NÃO TEM NIÓBIO.
EU SABIA!
QUE EM MATERIA DE MENSALÇÃO ELES ERAM OS PROFESSORES, FABRICA DE LARANJAS, QUE FAZ DO POBRE BRASILEIRO SUAS MULAS. SE AGENTE PEGA MIL REAL DO GOVERNO PELA CAIXA, ELES QUEREM TE CRUCIFICAREM, ENQUANTO ELES NOS SAQUEIAM BILHOES E O GOVERNO FICA QUIETINHO.
TEM MUITA COISA ERRADA NESSE TREM! COM RABOS INFLAMÁVEIS.
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